"Quizás el Canciller tenga razón!"
Celso Amorim e PHA na embaixada do Brasil em Havana: o Brasil derrotou a Holanda!
O (excelente) Canciller Celso Amorim enviou ao ansioso blogueiro esse gentil e-mail:
Vendo as notícias de hoje, lembrei-me daquele momento "épico" em Havana, quando Fidel foi assistir à partida Brasil Holanda (Copa de 94, nos Estados Unidos) na embaixada do Brasil e nós conseguimos convencer o comandante que Cuba deveria assinar o tratado de Tlatelolco, de proibição de armas nucleares na América Latina. Tudo registrado na entrevista que você e o Paulo Zero fizeram para o Fantástico. O momento mais importante foi o da sua pergunta se ele atenderia o pedido que constava da carta do Itamar de que eu fora portador. Inicialmente, Fidel respondeu de forma algo cética: "não sei se é o momento de fazer uma concessão aos Estados Unidos". Ao que, irreverentemente, eu ponderei: "mas, comandante, não é uma concessão aos Estados Unidos; é um gesto para a América Latina". E Fidel, com a camera do Zero rodando, meio que assentiu: "Quizás el Canciller tenga razón". Três meses depois, o Ministro cubano das Relações Exteriores entregaria (em Juiz de Fora!), a resposta oficial de Fidel Castro a Itamar, confirmando que Havana aderiria ao Tratado, sendo o último mais de algum peso político da região a fazê-lo.
Abraço amigo,
Celso
Em tempo: em homenagem ao Canciller, Fidel autorizou a TV estatal a retransmitir o jogo. Cuba, como se sabe, prefere o beisebol. Durante o jogo, ele torceu pelo Brasil, é claro. Fidel manifestou muitas vezes dúvidas sobre se o juiz era ladrão ou não... Quando marcava contra o Brasil... E, sob um calor insuportável, Fidel se fez acompanhar de um cognac francês oferecido pelo embaixador José Nogueira Filho - PHA
Em tempo2: visitar também o post com a carta de Putin a Raúl Castro - PHA.