Reforma trabalhista na Lava Jato
A presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, defendeu neste domingo (18) “reforma trabalhista” no salário alto e nas vantagens do procurador Deltan Dallagnol.
“Aqui cabe Reforma Trabalhista: salário alto, estabilidade no emprego, duas férias por ano, auxílios diversos e ainda cobram para dar palestras”, escreveu, ao postar imagem do site que vende palestra do coordenador da Lava Jato.
O site da empresa Motiveação já foi tirado do ar, mas Gleisi o tinha copiado antes.
“Nunca imaginei que o procurador cobrasse pelas palestras que realiza, pensei que fazia parte da divulgação das atividades da operação lava a jato. Creio ser ilegal qualquer tipo de ‘honorários’ recebidos, salvo a indenização por despesas de estadia e deslocamento”, surpreendeu-se o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), líder do governo na Assembleia Legislativa do Paraná.
Dallagnol se defendeu da polêmica em seu Facebook, jurando que a maioria de suas palestras é gratuita e as cobradas têm os recursos destinados à filantropia.
O procurador também acusou o PT de usar robôs nas redes sociais para atacar os privilégios dele, mas, como se vê, a presidenta do partido não é um robô. Tem nome e sobrenome. É uma senadora da República. Foi eleita recentemente para dirigir uma agremiação com 2 milhões de filiados em todo o país.
Advogados curitibanos veem demagogia e populismo combinados com o exercício dos poderes da toga.
Volto à questão da reforma trabalhista, da qual Gleisi falou em sua página no Facebook.
Em maio deste ano, a dirigente do PT já havia calado o Senado com seu antológico discurso durante uma audiência pública.
Na terça-feira (20), a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) deverá votar o relatório senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) que retira direitos e garantias dos trabalhadores. Deltan Dallagnol, levando em consideração a crítica de Gleisi e seu altruísmo, deveria dar o exemplo e abrir mão das vantagens que têm em função do cargo.