S&P’s: Temer só engana colunista alugado

Temer leva pau

Para o povo em geral, notas de “agência de risco” há muito tempo não passam de asneira muito bem direcionada. A crise mundial de 2007/2008 foi definitivamente esclarecedora. Pouco antes de o banco americano Lehman&Brothers explodir e dar início ao efeito dominó da quebradeira mundial, tais “agências” vendiam ao planeta a ideia de que existia uma economia americana saudável e a todo vapor. As “empresas de auditoria” faziam o mesmo: davam nota dez a instituições sabidamente insolventes. Dispensável contar o resto.

Isso não quer dizer que tais notas, politicamente, não valham nada. As tais “agências de risco” medem a temperatura entre os rentistas gordos. Devem a eles obediência cega. Antes da crise mundial douravam a pílula para continuar esfolando o trabalhador e o pequeno investidor até o limite. Chega uma hora em que a realidade dos fatos se impõe sobre a manipulação dos números.

Não era preciso que a S&P rebaixasse o Brasil para saber que a recuperação da economia brasileira é uma fraude. Um país com mais de 12 milhões de desempregados, com a indústria rastejando, miseráveis se multiplicando e o governo torrando dinheiro do povo a rodo para sustentar um meliante na presidência não inspira credibilidade nem entre os abutres financeiros.

Longe de pensar que este cenário incomode os gringos graúdos quando se trata de pilhar sem riscos. Mas existe um fator que a eles não escapa: o povo brasileiro rejeita isso e não se convence diante do coro de besteiras sobre inflação baixa (para quem, cara pálida?) e retomada do crescimento O símbolo da resistência a este ambiente de terra arrasada é a candidatura Lula e seus índices imbatíveis de popularidade.

O pito da S&P, capataz carimbada do capitalismo financeiro mundial, ultrapassa o campo das considerações “econômicas”. Tanto que o comunicado da agência cita sem pudor o que chama de “incertezas políticas”. Ela e seus cúmplices sabem que a vitória de Lula ameaça os planos de extinguir a soberania nacional, transformar os trabalhadores em bóia-frias, liquidar a aposentadoria, privatizar a Petrobras e Eletrobras.

O tal rebaixamento embute um recado ao fantoche temer. É como dizer: “seu governo, senhor ladrão com os dias contados, pode encantar colunistas alugados, mas o buraco é mais embaixo”. Como ninguém é de ferro, enquanto isso os tubarões do mercado usam a “opinião” destas agências para cobrar mais caro o dinheiro que oferecem. Cabe encher o baú mais rápido quando não se sabe o dia de amanhã.

Hoje, no Brasil, todos os caminhos levam a uma única questão: Lula será ou não candidato? Os golpistas já fizeram sua escolha.

Tendem agora a ficar mais violentos, furiosos e truculentos.

Cabe ao povo subir o tom e responder na mesma altura, com a arma da mobilização em defesa de uma eleição com Lula candidato.