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Saturnino e a Política da Humanidade

“Navegar é preciso, viver não é preciso”
publicado 19/05/2019
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Conversa Afiada reproduz artigo de Saturnino Braga:

CORREIO SATURNINO

Bolsonaro, Não, não falo mais desta figura.

Nunca mais

O Correio 511 será sobre A PAZ.

A PAZ

A PAZ é a Política da Humanidade.

É o Entendimento, a Escuta e a Fala, apanágios

Do Homo Sapiens

A Paz é o Futuro, a guerra é o passado, é a história da Espécie bruta,

Desenrolada nos milênios da barbárie.

A História da Espécie que venceu,

Que lutou, desenvolveu a Ciência, abriu os mares e ganhou o mundo,

Usou-o a fundo, a abeirar o colapso do Planeta.

A Espécie que afinal compreendeu,

E preservou: estudou, cuidou, conversou e

Entendeu.

Sapiens por isto mesmo, porque transcendeu a brutalidade,

Porque achou e fabricou os instrumentos do saber e da saúde

Arrostou touros e matou leões,

Ergueu prédios e cidades

Domou os furacões

E fez-se ao grande mar do Adamastor,

“Ó glória de mandar, ó vã cobiça”,

No lenho português das Caravelas.

Chegou até o mundo da China e do Japão

E conheceu os outros sapiens

Amarelados do sol nascente,

Trocou com eles objetos

E os ensinou a civilização do arigatô.

Mas a força da ânsia portuguesa,

Ó glória de mandar ó vã cobiça,

Não se assossegou.

“Navegar é preciso

Viver não é preciso”.

Faltava o Brasil de Pedro Álvares,

Cuba, Haiti, Venezuela,

O caudal do Rio Orenoco

Que procedia do Paraíso.

Ó meu Deus, e o mar das Amazonas,

Das guerreiras morenas sem seios que cavalgavam.

Os paulistas bandeirantes chegaram lá vindos do sul

E as comeram, com certeza.

Gente brava,

Que sabia tocar fogo nas águas

E descobriu o OURO.

Foi este ouro do Brasil de Portugal

Que fez a indústria e a ciência dos ingleses

E todo o resto mais que a gente vê.

Isto, a saga da unidade humana

E da modernidade.

Tudo começou em Portugal

Com a ciência portuguesa do Infante,

Filho de uma inglesa rija

Que o ensinou a procurar.

Tudo continua no Brasil,

De um tamanho enorme, de potência,

Potência da Paz por sacramento

De um povo falador e barulhento

Mas civilizador por vocação.

Brasil e Portugal, Lisboa e Rio,

Potências da Paz consolidadas

Eixo de um mundo inda por vir

De novas compreensões anunciadas.

Roberto Saturnino Braga