"Se eles pudessem, estaríamos todos num paredão e eles atirando em nós com metralhadoras"
(Original: Rovena Rosa/Agência Brasil)
A atriz Fernanda Montenegro, de 90 anos, foi alvo da ira de Roberto Alvim, secretário de Cultura do governo Bolsonaro, em setembro: nas redes sociais, ele chamou a artista de "sórdida", "mentirosa" e "canalha"
A declaração de Alvim foi feita após a atriz posar para uma revista caracterizada como uma bruxa prestes a ser queimada em uma fogueira de livros.
No último dia 9/XII, a nova direção bolsonária da Ancine proibiu a exibição do filme "A Vida Invisível" para servidores do órgão. O longa, dirigido por Karim Aïnouz, conta com Fernanda Montenegro e é o filme brasileiro inscrito para a disputa do Oscar 2020 de melhor filme estrangeiro.
Antes disso, no dia 29/XI, mais de cem quadros com cartazes de filmes brasileiros foram retirados do prédio da Ancine no Rio de Janeiro e do site da agência - também por ordens da nova direção.
Em entrevista concedida durante o Festival de Cinema do Rio, Fernanda Montenegro chamou a nova chefia da Ancine de "assassina": "se eles pudessem, estaríamos todos num paredão e eles atirando em nós com metralhadoras", declarou a atriz.
As informações são de Daniel Castro, do Notícias da TV.
A atriz condenou também os ataques do governo de Jair Bolsonaro às manifestações culturais no Brasil: "sem cultura não há educação e sem educação não há cultura. Eu não entendo o que está acontecendo com este país, com tantos xingamentos. Não há explicação".
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