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Se fosse um cerco, Adriano se entregaria. Foram para eliminá-lo!

Sociólogo especialista em milícias sabe...
publicado 10/02/2020
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José Cláudio Souza Alves, sociólogo e estudioso das milícias, disse à Folha de S.Paulo nesta segunda-feira 10/II que tudo indica que a morte do miliciano Adriano da Nóbrega, na madrugada de domingo, foi mesmo uma queima de arquivo.

"Ele não estava em Rio das Pedras, na zona oeste do Rio, armado até os dentes e cercado de outros milicianos do seu grupo (...) Ele estava numa residência em um espaço rural no interior da Bahia. Como o fator surpresa estava nas mãos dos investigadores, se o objetivo fosse prendê-lo, os policiais poderiam eleger o momento ideal para isso e fazer um cerco. Não há plausabilidade na situação descrita pela polícia de que ele teria reagido, se ferido e acabado morto. Na minha visão, é uma operação suspeita. O Adriano era um cara com ampla experiência nesta área. Atuou no Bope. Numa condição de cerco, ele saberia que não teria chance alguma e se entregaria. Tudo indica, portanto, que partiram de um plano para eliminá-lo", afirmou o autor do livro "Dos Barões ao extermínio: a história da violência na Baixada Fluminense".

Ele disse, ainda, que os vínculos entre Adriano e o senador Flávio Bolsonaro - e sua ligação com Fabrício Queiroz - aproximam "muito a figura dele da família Bolsonaro. E sua morte evita que várias informações sobre esses esquemas e elos venham à tona".

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