Brasil

Você está aqui: Página Inicial / Brasil / Sítio de Atibaia: Gebran diz que Moro não foi parcial

Sítio de Atibaia: Gebran diz que Moro não foi parcial

Nenhuma surpresa
publicado 27/11/2019
Comments
Untitled-1.jpg

(Reprodução)

Sem nenhuma surpresa, o relator no TRF-4 do processo sobre o presidente Lula e o sítio de Atibaia, o desembargador João Pedro Gebran Neto, votou nesta quarta-feira 27/XI contra a anulação da sentença de 12 anos e 11 meses e rechaçou a suspeição do ex-juiz Sergio Moro, o que contraria um dos pilares da defesa.

Ou seja, Gebran acha que Moro, hoje ministro do presidente que ajudou a eleger, não agiu com parcialidade nesse processo contra Lula.

"Em linhas gerais, tenta a defesa atribuir ao processo penal uma conotação política, visão esta bastante equivocada ao meu juízo, que somente se explica pela tentativa de desqualificar não só o juiz natural mas também a atividade jurisdicional", declarou Gebran.

O advogado de Lula, Cristiano Zanin, defendeu no julgamento que seja considerada a nulidade total do processo.

"Não há nenhuma prova, nada, que possa demonstrar que Lula, no exercício do seu cargo, tenha solicitado ou recebido qualquer vantagem indevida enquanto presidente do país. Não nomeou diretores da Petrobras e nem era sua função declarar a nulidade total ou, se ainda assim não for decidido, para que seja o apelante absolvido porque não praticou qualquer crime", afirmou Zanin.

***

Antes o Conversa Afiada publicou:

O Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF-4) irá julgar hoje um recurso da defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que pede a anulação da sentença do chamado "sítio de Atibaia".

A corte pode também decidir devolver o caso à primeira instância da Justiça, em cumprimento à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 27/VIII, que determinou que réus delatados devem fazer alegações finais depois dos seus delatores.

Por sua vez, o Ministério Público Federal (MPF) quer aumentar a pena de 12 anos e 11 meses que Lula recebeu na primeira instância da Justiça - a 13a Vara Federal de Curitiba.

Caso a condenação seja mantida ou a pena seja ampliada, Lula não voltará a ser preso: a mesma decisão do STF que permitiu que ele fosse solto em 8/XII, no caso do "triplex do Guarujá", determina que ele só voltará à prisão depois que não houver mais qualquer possibilidade de recurso em nenhuma instância da Justiça.

A sessão deverá ter início às 9:00 da manhã.

Nesta segunda-feira 25/XI o ministro Edson Fachin do STF negou um pedido da defesa de Lula pra suspender o julgamento do TRF-4.

Gostou desse conteúdo? Saiba mais sobre a importância de fortalecer a luta pela liberdade de expressão e apoie o Conversa Afiada! Clique aqui e conheça!