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Supremo entregou o caso a uma das partes

Para que raciocinar, se estamos numa ditadura?
publicado 12/10/2017
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Caros,

Submeto a vocês o seguinte raciocínio. Qualquer cidadão que, como eu, não é especialista em ​Direito​, entende​,​ ao menos​,​ um princípio básico: a lei e seus representantes servem para ocupar o lugar d​e​ terceiro (em francês é melhor: "tiers" e não "troisième" porque não é um terceiro qualquer.)

O terceiro da ​L​ei é aquele que transcende os conflitantes, isto é, os dois lados, e que representa princípios e valores aos quais tanto os dois conflitantes quanto os próprios representantes da lei - juízes, promotores​, delegados da Lava Jato​ etc​ - ​ estão igualmente submetidos.

No caso do Aécio, o Supremo (justamente, imagino que se cham​e​ "​S​upremo" porque transcende os dois lados, não?), abre mão de exercer seu papel de terceiro transcendente e entrega o caso a uma das partes!

Sim, porque sendo Aécio ​S​enador, ele faz parte do Senado onde estão muitos de seus aliados​ - dos visíveis... -, não?

Nesse caso, para que serve o ​J​uiz?

Bem, na verdade, meu raciocínio é inútil numa ditadura...

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Leitora viciada no C​ Af