Temer diz que receber Joesley foi "inadmissível no cargo"
Ele acha que Loures "é uma pessoa decente"...
publicado
02/06/2017
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Michel Temer deu entrevista à revista amiga IstoÉ, mais conhecida como QuantoÉ:
(...) O senhor acha que o procurador geral, Rodrigo Janot, está sendo arbitrário no seu caso?
Olha, eu prefiro não comentar. E acho que isso já dá uma boa resposta, não é verdade?
Se o senhor pudesse ficar cara a cara com o empresário Joesley Batista hoje, o que o senhor diria para ele?
Eu prefiro não mencionar na entrevista (risos).
(...) O senhor teme uma delação do seu ex-assessor Rodrigo Loures?
Não creio. Acho que ele é uma pessoa decente. Eu duvido que ele faça uma delação. E duvido que ele vá me denunciar. Primeiro, porque não seria verdade. Segundo, conhecendo-o, acho difícil que ele faça isso. Agora, nunca posso prever o que pode acontecer se eventualmente ele tiver um problema maior, e se as pessoas disserem para ele, como chegaram para o outro menino, o grampeador (Joesley): “Olha, você terá vantagens tais e tais se você disser isso e aquilo”. Aí não posso garantir.
Pelo que conhece dele, o senhor esperaria que ele andasse por aí com uma mala com R$ 500 mil em dinheiro vivo de um empresário?
Confesso que não. É até surpreendente. Não sei a que atribuir isso, se atribuo à ingenuidade suprema, porque o sujeito pegou uma mala numa pizzaria.
(...) O empresário Joesley Batista relatou ao senhor uma série de crimes. Por que, como autoridade máxima do Brasil, o sr. não tomou uma atitude?
Não achei que seria uma gravidade tão imensa. Já ouvi tanta coisa na vida. Várias pessoas vêm me falar coisas. E meu estilo não é agressivo. “Olha, você está preso”. Isso eu não faço.
(...) O senhor voltará a receber o ex-deputado Eduardo Cunha quando ele sair da cadeia?
Não sei, mas acho que não teria dificuldade se for procurado. Eu converso com tanta gente. Mas aí vão dizer que o presidente não pode conversar com certas pessoas. Isso não existe. Eu fui vítima do meu jeito de ser no tocante a receber as pessoas. Hoje eu começo a achar que, por exemplo, foi uma falha ter recebido o procurador-geral duas ou três vezes no Jaburu sem agenda. Como ter recebido inúmeros jornalistas e empresários fora da agenda. Foi uma falta de liturgia que, até digo, é inadmissível no cargo. (...)
(...) O senhor acha que o procurador geral, Rodrigo Janot, está sendo arbitrário no seu caso?
Olha, eu prefiro não comentar. E acho que isso já dá uma boa resposta, não é verdade?
Se o senhor pudesse ficar cara a cara com o empresário Joesley Batista hoje, o que o senhor diria para ele?
Eu prefiro não mencionar na entrevista (risos).
(...) O senhor teme uma delação do seu ex-assessor Rodrigo Loures?
Não creio. Acho que ele é uma pessoa decente. Eu duvido que ele faça uma delação. E duvido que ele vá me denunciar. Primeiro, porque não seria verdade. Segundo, conhecendo-o, acho difícil que ele faça isso. Agora, nunca posso prever o que pode acontecer se eventualmente ele tiver um problema maior, e se as pessoas disserem para ele, como chegaram para o outro menino, o grampeador (Joesley): “Olha, você terá vantagens tais e tais se você disser isso e aquilo”. Aí não posso garantir.
Pelo que conhece dele, o senhor esperaria que ele andasse por aí com uma mala com R$ 500 mil em dinheiro vivo de um empresário?
Confesso que não. É até surpreendente. Não sei a que atribuir isso, se atribuo à ingenuidade suprema, porque o sujeito pegou uma mala numa pizzaria.
(...) O empresário Joesley Batista relatou ao senhor uma série de crimes. Por que, como autoridade máxima do Brasil, o sr. não tomou uma atitude?
Não achei que seria uma gravidade tão imensa. Já ouvi tanta coisa na vida. Várias pessoas vêm me falar coisas. E meu estilo não é agressivo. “Olha, você está preso”. Isso eu não faço.
(...) O senhor voltará a receber o ex-deputado Eduardo Cunha quando ele sair da cadeia?
Não sei, mas acho que não teria dificuldade se for procurado. Eu converso com tanta gente. Mas aí vão dizer que o presidente não pode conversar com certas pessoas. Isso não existe. Eu fui vítima do meu jeito de ser no tocante a receber as pessoas. Hoje eu começo a achar que, por exemplo, foi uma falha ter recebido o procurador-geral duas ou três vezes no Jaburu sem agenda. Como ter recebido inúmeros jornalistas e empresários fora da agenda. Foi uma falta de liturgia que, até digo, é inadmissível no cargo. (...)