Temer não vai ao Nordeste
E eles acham que o povo não está percebendo - PHA
publicado
11/06/2016
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Do Tijolaço sempre afiado:
Temer não vai mais ao Nordeste. Nem vai a lugar nenhum…
Existe um fenômeno que os muito jovens ou os muito pretensiosos de qualquer idade têm dificuldade em compreender: o lento processo de formação da consciência popular.
Ele é feito, claro, pela mídia, mas é igualmente feito pela realidade.
Por isso é que levaram tanto tempo depois que começou a “campanha Lava-Jato” para chegar a um quadro de desgaste de Lula, Dilma e nos fazer chegar à situação que permitiu o afastamento do Governo legítimo.
Isso dependeu – e como – da ilusão de que assumindo, mesmo com as ressalvas de proteção social que Dilma garantiu, de seu governo assumir, com Joaquim Levy, a face daquilo que o povo brasileiro não queria e, porque não queria, derrotou nas urnas.
Da mesma forma, agora, com a ascensão do Governo usurpador, a reação do povão não se dá num estalo. Ele está na dele, observando, tomando conhecimento das coisas que não são ditas com todas as letras, mas que não sendo percebidas.
A mídia é uma enxurrada, uma enchente avassaladora.
A verdade, porém, é água que se infiltra, percola, que é lentamente absorvida pela mente coletiva.
Hoje, dando carona até o ponto do ônibus à minha faxineira, paraibana valente que criou as filhas, ela me disse que estava sabendo que “iam cortar os auxílios”.
Eu, que ando escrevendo tanto sobre os auxílios moradia e outras larguezas que os juízes se concedem, me confundi:
-E você acha que esses juízes não abrir mão do monte dos auxílios que recebem?
-Não, Fernando, os auxílios dos pobres.
Ela não recebe bolsa-família e comprou, faz pouco, sua casa humilde sem “Minha Casa, Minha Vida” com ajuda do “financiamento” dos seus patrões, cada um um pouco, que ela paga com trabalho extra, sem favor ou caridade.
Mas é da região de Campina Grande e sabe como este “auxílio aos pobres” é importante para a sua gente, que está por lá.
A verdade, apesar das negativas oficiais, apesar da omissão da mídia, penetra como a água na terra seca e vai chegando às suas camadas mais profundas, lentamente.
É por isso que Michel Temer não vai ao Nordeste. Não vem ao Rio, não vai a Minas, não vai a lugar nenhum onde não haja portarias, crachás e ricos.
Mal e porcamente pode andar em São Paulo, assim mesmo se não for na periferia.
Temer não tem autoridade porque não tem a legitimidade que a concede a um governante.
E como não a tem, não pode ser um governante.
A menos que se pense que o Brasil pode ser governado por alguém que, mesmo com vaias e apupos aqui e ali, não pode sair à rua.
A única dúvida sobre Temer é até quando dura.
Ele é feito, claro, pela mídia, mas é igualmente feito pela realidade.
Por isso é que levaram tanto tempo depois que começou a “campanha Lava-Jato” para chegar a um quadro de desgaste de Lula, Dilma e nos fazer chegar à situação que permitiu o afastamento do Governo legítimo.
Isso dependeu – e como – da ilusão de que assumindo, mesmo com as ressalvas de proteção social que Dilma garantiu, de seu governo assumir, com Joaquim Levy, a face daquilo que o povo brasileiro não queria e, porque não queria, derrotou nas urnas.
Da mesma forma, agora, com a ascensão do Governo usurpador, a reação do povão não se dá num estalo. Ele está na dele, observando, tomando conhecimento das coisas que não são ditas com todas as letras, mas que não sendo percebidas.
A mídia é uma enxurrada, uma enchente avassaladora.
A verdade, porém, é água que se infiltra, percola, que é lentamente absorvida pela mente coletiva.
Hoje, dando carona até o ponto do ônibus à minha faxineira, paraibana valente que criou as filhas, ela me disse que estava sabendo que “iam cortar os auxílios”.
Eu, que ando escrevendo tanto sobre os auxílios moradia e outras larguezas que os juízes se concedem, me confundi:
-E você acha que esses juízes não abrir mão do monte dos auxílios que recebem?
-Não, Fernando, os auxílios dos pobres.
Ela não recebe bolsa-família e comprou, faz pouco, sua casa humilde sem “Minha Casa, Minha Vida” com ajuda do “financiamento” dos seus patrões, cada um um pouco, que ela paga com trabalho extra, sem favor ou caridade.
Mas é da região de Campina Grande e sabe como este “auxílio aos pobres” é importante para a sua gente, que está por lá.
A verdade, apesar das negativas oficiais, apesar da omissão da mídia, penetra como a água na terra seca e vai chegando às suas camadas mais profundas, lentamente.
É por isso que Michel Temer não vai ao Nordeste. Não vem ao Rio, não vai a Minas, não vai a lugar nenhum onde não haja portarias, crachás e ricos.
Mal e porcamente pode andar em São Paulo, assim mesmo se não for na periferia.
Temer não tem autoridade porque não tem a legitimidade que a concede a um governante.
E como não a tem, não pode ser um governante.
A menos que se pense que o Brasil pode ser governado por alguém que, mesmo com vaias e apupos aqui e ali, não pode sair à rua.
A única dúvida sobre Temer é até quando dura.