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Tiburi: diante do fascismo, é preciso rever o que significa ser um partido de esquerda

Bolsonaro é uma arma das oligarquias e do capital contra os trabalhadores
publicado 21/04/2020
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(Foto 1: TV Brasil - Foto 2: Redes Sociais)

Via Rede Brasil Atual - Ao continuar no governo como se estivesse em uma espécie de campanha eleitoral permanente, o presidente Jair Bolsonaro age como um CEO de empresa que tivesse que fazer um “trabalho sujo”. Neste caso, avalia a escritora e filósofa Marcia Tiburi, o “trabalho” envolve promover a perda de direitos da classe trabalhadora e fazer o Estado cumprir o papel que lhe seria destinado dentro do contexto neoliberal: servir aos mais ricos.

Para Marcia Tiburi, a reversão do atual quadro exige uma resposta de instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF) e também uma união das forças que se contrapõem a esse sistema, a despeito de projetos pessoais e partidários.

“(É preciso) Rever o que significa ser um partido de esquerda diante do fascismo porque não basta lutar de forma isolada. Nós seríamos destruídos, mesmo que sejamos as mentes mais brilhantes, com as posições morais e éticas mais verdadeiras, para enfrentar essa posição bizarra do governo, destrutiva, genocida, matadora, porque o que está em cena é um projeto biopolítico, necropolítico, tanatopolítico que implica a matabilidade das pessoas”, pontua.

Punção de morte

No atual contexto, Bolsonaro seria uma arma das oligarquias e do grande capital. “A luta dos trabalhadores tem que ser contra a guerra feita por essas oligarquias, pelos ricos, pelos grandes capitalistas. Uma guerra que tem Bolsonaro inteiro, seu corpo, como uma arma.”

“Esse é o corpo sacro do poder, desse presidente acéfalo, oligofrênico, servil, que não sabe se expressar, se pronunciar, se colocar, e que é muito útil, por isso não é retirado de cena. Dilma foi retirada da cena porque não era útil às oligarquias. É assim que, a meu ver, funciona o jogo de poder nesse momento no Brasil”, aponta.