Tóc, tóc! Justiça bate na porta do FHC!
Cerra, lembra do Preciado? Lembra do Azeredo?
publicado
17/12/2015
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O Conversa Afiada reproduz artigo de Marcelo Auler, com abertura de Fernando Brito, no Tijolaço:
Corrupção na Petrobras, no Governo FHC. E não foi a Lava-Jato que achou
Marcelo Auler, em seu blog, dá detalhes da operação que a Polícia Federal está fazendo para prender envolvidos em corrupção na Petrobras.
Corrupção no Governo Fernando Henrique Cardoso: em 1997 e 1998.
Não é, claro, a Operação Lava-Jato, para a qual roubalheira feita fora do período de governo do PT “não vem ao caso”.
O juiz Vitor Barbosa Valpuesta, da 3ª Vara Federal Criminal, expediu quatro mandados de prisão para pessoas envolvidas em negócios da empresa holandesa SBM, cujo representante aqui era Júlio Faerman (foto), com a Petrobras, na gestão de Joel Rennó, nomeado por Fernando Henrique Cardoso.
Leia os detalhes no Blog do Marcelo Auler:
Corrupção no Governo Fernando Henrique Cardoso: em 1997 e 1998.
Não é, claro, a Operação Lava-Jato, para a qual roubalheira feita fora do período de governo do PT “não vem ao caso”.
O juiz Vitor Barbosa Valpuesta, da 3ª Vara Federal Criminal, expediu quatro mandados de prisão para pessoas envolvidas em negócios da empresa holandesa SBM, cujo representante aqui era Júlio Faerman (foto), com a Petrobras, na gestão de Joel Rennó, nomeado por Fernando Henrique Cardoso.
Leia os detalhes no Blog do Marcelo Auler:
Operação Sangue Negro atinge governo de FHC
Marcelo Auler
A Operação Sangue Negro que está sendo realizada nesta quinta-feira (17/12) pela Procuradoria da República do Rio de Janeiro com a Polícia Federal cumprindo 9 mandados judiciais assinados pelo juiz Vitor Barbosa Valpuesta, substituto no exercício da titularidade da 3ª Vara Federal Criminal, atinge negociações feitas entre a Petrobrás e a empresa holandesa SBM na época do governo tucano de Fernando Henrique Cardoso (1997). O presidente da Petrobras era Joel Renno.
Toda a investigação tem por base a delação premiada do operador da SBM no Brasil, Júlio Faerman, homologada em agosto passado pelo juízo da 3ª Vara Criminal Federal do Rio. A Vara, aliás, é onde atuava o juiz Flavio Roberto de Souza que acabou aposentado compulsoriamente pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, após ter tirado proveito próprio de apreensões feitas no caso de Eike Batista. Hoje, que está à frente dela é o juiz substituto Valpuesta.
As denúncias de Faerman, que depôs na CPI da Câmara em junho passado, retrocedem a 1997, gestão de Rennó à frente da estatal.
Mas, Faerman não foi o único a relacionar o esquema de corrupção à estatal no governo anterior ao PT.
Também o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco admitiu, na sua delação premiada, o recebimento de propinas pela aprovação de contratos na Petrobras, entre os anos de 1997 e 1998, portanto, no governo tucano.
Conforme noticiou a revista CartaCapital em fevereiro passado, “o primeiro pagamento de propina que Barusco afirma ter participado diz respeito a dois contratos firmados com a empresa holandesa SBM, em 1997 ou 1998. Em novembro de 2014, a SBM fechou um acordo com o Ministério Público da Holanda e aceitou pagar 240 milhões de dólares como punição por pagamentos de propina ocorridos entre 2007 e 2011 no Brasil, na Guiné Equatorial e em Angola. O recém-revelado depoimento de Barusco, no entanto, revela que a prática de pagamento de propinas na estatal começou ao menos dez anos antes”.
Anterior à Lava Jato - Apesar do esquema envolver personagens citados, investigados, presos e/ou denunciados nas diversas fase da Operação Lava Jato, as investigações sobre as propinas pagas pela SBM são anteriores. Elas vêm sendo feitas pelo procurador Leonardo Cardozo, no Rio de Janeiro. Os detalhes serão repassados em coletiva à imprensa no final da manhã.
Sabe-se, pela nota oficial da Polícia Federal que na Operação Sangue Negro foram expedidos nove mandados sendo quatro de prisão preventiva a serem cumpridas no Rio de janeiro, Angra dos Reis e dois em Curitiba, onde os atingidos já se encontram presos. A nota conclui:
“As buscas acontecem nas residências dos investigados e em uma empresa do ramo de prospecção de petróleo.
A empresa, alvo das buscas, recebia repasses de contratos efetuados entre a Petrobras e a SBM da ordem de 3 a 5%, dos quais 1 a 3% eram depositados em off shores no exterior. Esse dinheiro retornava em forma de pagamento de propinas.
Os crimes investigados são sonegação fiscal, evasão de divisas, desvio de recursos públicos lavagem de dinheiro, dentre outros crimes”.
A Operação Sangue Negro que está sendo realizada nesta quinta-feira (17/12) pela Procuradoria da República do Rio de Janeiro com a Polícia Federal cumprindo 9 mandados judiciais assinados pelo juiz Vitor Barbosa Valpuesta, substituto no exercício da titularidade da 3ª Vara Federal Criminal, atinge negociações feitas entre a Petrobrás e a empresa holandesa SBM na época do governo tucano de Fernando Henrique Cardoso (1997). O presidente da Petrobras era Joel Renno.
Toda a investigação tem por base a delação premiada do operador da SBM no Brasil, Júlio Faerman, homologada em agosto passado pelo juízo da 3ª Vara Criminal Federal do Rio. A Vara, aliás, é onde atuava o juiz Flavio Roberto de Souza que acabou aposentado compulsoriamente pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, após ter tirado proveito próprio de apreensões feitas no caso de Eike Batista. Hoje, que está à frente dela é o juiz substituto Valpuesta.
As denúncias de Faerman, que depôs na CPI da Câmara em junho passado, retrocedem a 1997, gestão de Rennó à frente da estatal.
Mas, Faerman não foi o único a relacionar o esquema de corrupção à estatal no governo anterior ao PT.
Também o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco admitiu, na sua delação premiada, o recebimento de propinas pela aprovação de contratos na Petrobras, entre os anos de 1997 e 1998, portanto, no governo tucano.
Conforme noticiou a revista CartaCapital em fevereiro passado, “o primeiro pagamento de propina que Barusco afirma ter participado diz respeito a dois contratos firmados com a empresa holandesa SBM, em 1997 ou 1998. Em novembro de 2014, a SBM fechou um acordo com o Ministério Público da Holanda e aceitou pagar 240 milhões de dólares como punição por pagamentos de propina ocorridos entre 2007 e 2011 no Brasil, na Guiné Equatorial e em Angola. O recém-revelado depoimento de Barusco, no entanto, revela que a prática de pagamento de propinas na estatal começou ao menos dez anos antes”.
Anterior à Lava Jato - Apesar do esquema envolver personagens citados, investigados, presos e/ou denunciados nas diversas fase da Operação Lava Jato, as investigações sobre as propinas pagas pela SBM são anteriores. Elas vêm sendo feitas pelo procurador Leonardo Cardozo, no Rio de Janeiro. Os detalhes serão repassados em coletiva à imprensa no final da manhã.
Sabe-se, pela nota oficial da Polícia Federal que na Operação Sangue Negro foram expedidos nove mandados sendo quatro de prisão preventiva a serem cumpridas no Rio de janeiro, Angra dos Reis e dois em Curitiba, onde os atingidos já se encontram presos. A nota conclui:
“As buscas acontecem nas residências dos investigados e em uma empresa do ramo de prospecção de petróleo.
A empresa, alvo das buscas, recebia repasses de contratos efetuados entre a Petrobras e a SBM da ordem de 3 a 5%, dos quais 1 a 3% eram depositados em off shores no exterior. Esse dinheiro retornava em forma de pagamento de propinas.
Os crimes investigados são sonegação fiscal, evasão de divisas, desvio de recursos públicos lavagem de dinheiro, dentre outros crimes”.