Toffoli defende inquérito: "não podemos normalizar as fake news"
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, afirmou nesta terça-feira 28/VII que o inquérito das fake news que tramita na Corte apura a existência de uma "máquina de desinformação" que se utiliza de robôs e perfis falsos para "desacreditar" as instituições.
"A crítica contundente às instituições está compreendida na liberdade de expressão, essa crítica que gesta o aprimoramento das instituições e o rompimento de paradigmas é plenamente constitucional e aceitável", disse, em evento virtual promovido pelo Portal 360.
"Mas o que se investiga naquele inquérito vai muito além de manifestações ou críticas contundentes contra a Corte [o STF]. Trata-se de uma máquina de desinformação, utilizando-se de robôs, de financiamento e de perfis falsos para desacreditar as instituições democráticas republicanas e seus agentes", completou Toffoli.
O presidente do STF ainda defendeu que seja criada uma regulamentação para inibir a propagação das fake news.
"Não podemos normalizar, condescender e aceitar as fake news como um fenômeno inevitável. Nós não podemos aceitar isso como algo que seja impossível de combater ou que seja algo que se tornará natural no dia a dia", declarou.
"Nós temos que ter instrumentos sim, nós temos que ter Estado, nós temos que ter regulação, nós temos que ter responsabilidade do mercado a respeito desses temas", finalizou Toffoli.