Triplex: Moro tomou da OAS para dar à Petrobras
Via GGN:
O juiz Sergio Moro fez mais uma movimentação processual no caso triplex, nesta quinta (3), que compromete a versão de que o apartamento no Guarujá foi entregue a Lula como pagamento de propina da OAS.
Segundo informações de Época, Moro teve de comunicar à 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo o confisco do imóvel no Guarujá e solicitou "que o bem não sirva mais como garantia em processos cíveis."
Isso foi necessário porque, na Justiça Paulista, tramita um processo de recuperação judicial da OAS avaliado em R$ 9,2 bilhões. Ou seja, na prática, Moro tomou o triplex da massa falida da OAS para entregar à Petrobras, como se fosse de Lula.
O juiz condenou o ex-presidente a 9 anos e meio por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, com base na delação de Léo Pinheiro. Após ser preso e condenado em outros processo, Pinheiro decidiu colaborar com a Lava Jato e disse que o triplex foi entregue a Lula como propina por contratos na Petrobras.
A própria sentença de Moro, contudo, já coloca esse depoimento em xeque, uma vez que o juiz admitiu, nos embargos de declaração de Lula, que não viu provas da conexão entre o triplex e os contratos com a estatal.
A defesa de Lula alega, por outro lado, que Pinheiro jamais poderia ter entregue o imóvel a quem quer que seja sem que o valor correspondente à unidade e às reformas fosse depositado em uma conta da Caixa Econômica Federal.
O valor da recuperação judicial da OAS em São Paulo ainda dá margem a outro argumento ventilado pela equipe de Lula: o de que era de interesse de Léo Pinheiro reformar o triplex e vender a Lula por mais de R$ 2 milhões, pois isso ajudaria a abater a dívida da OAS com a Caixa mais rápido.
Além do triplex, Moro bloqueou as contas de Lula e a previdência privada do ex-presidente e de sua empresa de palestra, como forma de restituir parte do valor que teria sido pago em propina pela OAS ao PT. Ao todo, Lula teve bloqueado quase R$ 10 milhões.
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