Tropa de Choque ataca servidores no Paraná
Policiais tentam impedir entrada de servidores na Assembleia Legislativa (Reprodução: RPC/Rede Globo)
Policiais Militares atacaram servidores em greve na Assembleia Legislativa do Paraná, em Curitiba, na tarde desta terça-feira 3/XII. O incidente aconteceu logo antes da sessão que votaria a Reforma da Previdência do Estado - proposta que conta com o apoio do governador Ratinho Júnior, do PSD.
Desde a segunda-feira 2/XII, trabalhadores do setor público paralisaram as atividades para protestar contra a medida. Entre as alterações, o projeto prevê aumento da idade mínima para aposentadoria e alta na contribuição salarial dos servidores - de 11% para 14%.
A presidência da Assembleia Legislativa permitiu a presença de apenas 200 pessoas nas galerias para acompanhar a votação. Assim que outros grupos maiores de servidores tentaram entrar no plenário, policiais da tropa de choque da PM agiram com extrema violência. A sessão foi encerrada logo em seguida.
Um grupo de cinco deputados permaneceu no plenário para prevenir novos ataques. "Mesmo depois da ocupação pacífica e da sessão suspensa, dentro da Assembleia Legislativa, policiais continuam atacando servidores e servidoras com gás e spray de pimenta. Há informações de que um professor está preso, outros dois estão hospitalizados e três pessoas foram atendidas pelas equipes de saúde com problemas nos olhos causados pelo spray de pimenta", afirmou o deputado Dr. Rosinha, do PT.
Reprodução: CUT Brasil
Um grupo de 200 grevistas passou a noite no plenário da Assembleia Legislativa. A Justiça determinou a reintegração de posse do prédio e é possível que a tropa de choque invada novamente durante a manhã desta quarta-feira para retirar os manifestantes do local.
A maior parte dos ocupantes do prédio é formada por professoras da rede pública.
O ataque da PM de Ratinho Júnior lembra o massacre contra os professores do Paraná em abril de 2015. A época, o governador tucano Beto Richa mobilizou três mil policiais para atacar manifestantes na Assembleia Legislativa, que protestavam contra o confisco da previdência. No total, 213 pessoas ficaram feridas.
Professora recebeu atendimento após ser atacada por policiais em Curitiba (Reprodução: Facebook/APP Sindicato)
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