Tucanos: São Pedro não vai ajudar
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou na última segunda-feira (07) o fim da crise da água em São Paulo, mas os moradores da periferia seguem com as torneiras secas em suas casas. A constatação é do jornal Agora (http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/2016/03/1747899-periferia-sofre-sem-agua-apos-alckmin-falar-em-fim-da-crise.shtml), o único que presta em São Paulo. Há bairros que ficam até 15 horas sem abastecimento.
"A questão da água está resolvida, porque nós já estamos chegando a quase 60% do Cantareira e 40% do Alto Tietê. Isso é água para quatro, cinco anos de seca", disse Alckmin, durante palestra na Associação Comercial de São Paulo.
As fortes chuvas que caíram nos primeiros meses do ano ajudaram a elevar os níveis das represas paulistas, em especial do sistema Cantareira. O manancial operava na última terça-feira (08) com 58,8% de sua capacidade. Mas nem isso garante que haverá água para a população do Estado durante o ano de 2016. E muito menos para um período de cinco anos, como citou o governador tucano.
Segundo Marzeni Pereira, que trabalhou como especialista em engenharia de saneamento na Sabesp por 23 anos, a culpa da falta d'água em São Paulo não é de São Pedro, mas sim da negligência e do mau planejamento por parte da Sabesp e do governo tucano do Estado.
O especialista conversou com a TV Afiada e rebateu Alckmin. "Há uma falsa impressão de que a crise de água já resolveu. Não há garantia de abastecimento até o fim do ano de 2016", declarou.