Uma classe média (branca) sem líder
As manifestações da Globo nesse domingo 13/3 revelaram um perigoso abismo.
A classe média (branca) que foi às ruas em números razoavelmente significativos - veja o Dataesmael - consagrou dois líderes autoritários.
No Rio, o Bolsonaro.
Em São Paulo, o Moro.
Pobre Democracia.
(Os números do governo indicam que as maiores - surpresa ! - foram em São Paulo e Curitiba.)
Os tucanos - poucos - entraram de camburão, na Av Paulista.
A Marta traira fugiu enquanto pode.
O Cerra se escondeu na sorveteria da filha.
E o FHC numa agência da Brasif.
É uma classe média sem rumo - e isso é um perigo.
Os mecanismos institucionais não expressam mais os anseios dessa parcela minoritária da população.
Só a Globo, o Bolsonaro e o Moro.
O risco é se instalar com os dois um sistema autoritário, feroz, de verniz democrático.
O problema é que eles se eliminam.
O sistema que poderia levar Bolsonaro e Moro ao poder pressupõe a extinção da Lava Jato.
O Golpe pressupõe tirar os permedebistas, o Aecim, o Pauzinho do Dantas, o FHC da Brasif e o Padim Pade Cerra do trensalao e o Aloysio 300 mil da cadeia.
Além disso, o Golpe exigirá que a Globo passe a administrar o BB, a Caixa, o BNDES, a Receita e o COAF.
E tem um pequeno detalhe.
Quem se elege em 2018 e 2022 é o Lula.
Ou quem ele apoiar.
Foi essa, hoje, a marcha da futilidade.
Muita gente para nada, Kamel.
Que nem a audiência do Faustão.
Em tempo: classe média branca não tem líder, mas tem LIDE. Essa foi péssima ...
PHA