Valor fulmina a Lava-Jato
Procuradores são prepotentes e delações um fracasso
publicado
02/08/2018
Comments
O Conversa Afiada reproduz trechos de editorial do PiG cheiroso:
Sucessos e fragilidades da Lava-Jato quatro anos depois
(...) Houve açodamento na apresentação de várias denúncias, ênfase exagerada e exclusiva nas delações, em detrimento das provas, que se revelaram precárias e tendência ao espetáculo midiático.
Levantamento de O Globo (29 de julho) mostra que dos 22 inquéritos abertos há três anos na esteira das investigações da Lava-Jato, 10 já foram julgados e desses, apenas um resultou em condenação, o do deputado Nelson Meurer. Em três casos, entre eles o da senadora Gleisi Hoffmann (PT), o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou as provas insuficientes. Nos demais, que foram arquivados, houve absolvição ou arquivamento de processos por falta de provas suficientes que os justificassem - em alguns casos, reconhecida pelos próprios investigadores.
Além disso, processos envolvendo 25 políticos foram encerrados por ausência de motivos relevantes, entre eles 7 abertos a partir da delação de Paulo Roberto Costa, envolvendo, por exemplo, o ex-ministro Edison Lobão, o senador Renan Calheiros e a ex-governadora Roseana Sarney. Em balanço da Polícia Federal dos 4 anos do início da Lava-Jato, registram-se mais pessoas envolvidas na colaboração premiada (187) do que condenadas em primeira instância (160), o que sugere que os principais corruptores e vários dos maiores beneficiários do roubo tenham conseguido penas mais brandas após confissões e devolução de recursos obtidos indevidamente - aqueles que a Justiça conseguiu rastrear. (...)