Vazamento de petróleo alcança 907 pontos do litoral
Grandes manchas de óleo na Praia do Forte, cerca de 60 quilômetros ao norte de Salvador, em 19/X/2019 (Créditos: Instituto Bioma Brasil/Fotos Públicas)
Novo levantamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) divulgado nesta terça-feira 10/XII revela que o vazamento de petróleo no litoral brasileiro já atingiu um total de 907 localidades em nove estados.
As manchas se espalham por cerca de 3.600 quilômetros da costa, entre o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses e a praia de Grussaí, no norte do Rio de Janeiro.
Em audiência pública na Câmara dos Deputados no dia 10/XII, o vice-almirante da Marinha do Brasil Marcelo Francisco Campos confirmou que o Governo Federal ainda não tem qualquer pista sobre a origem das manchas: "não sabemos até o momento qual foi a origem desse derramamento, bem como a data".
A hipótese de que a culpa recai sobre o navio grego Bouboulina - resultado de uma investigação conduzida pela Marinha do Brasil e pela Polícia Federal - é questionada por especialistas em análise de imagens de satélite.
Ao todo, 103 dias se passaram desde os primeiros registros do vazamento em Alagoas em 30/VIII.
Em 28/XI, três meses após o início da tragédia, o ministro-astronauta Marcos Pontes anunciou um "enfrentamento imediato" ao desastre ambiental.
Na última sexta-feira 6/XII - 98 dias após a chegada das primeiras manchas de óleo - o governo Bolsonaro realizou sua primeira reunião com cientistas para buscar ações de curto, médio e longo prazo.
Registro das manchas de petróleo no litoral entre 30/VII e 9/XII, segundo o Ibama (Reprodução/G1)
Em tempo: o Ibama, a Marinha do Brasil e outros órgãos públicos e privados que atuam na limpeza das praias afirmam que mais de cinco mil toneladas de petróleo já foram recolhidas.
Em tempo2: um petroleiro típico, como o Bouboulina, pode levar até 160 mil toneladas de óleo em uma única viagem.
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