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Viradouro homenageia mulheres lavadeiras e vence o Carnaval do Rio

Ensaboa, mãe!
publicado 26/02/2020
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(Crédito: Gabriel Nascimento/RioTur)

Via Carta Capital - A Viradouro é a campeã do carnaval do Rio de Janeiro em 2020. A escola dos carnavalescos Tarcisio Zanon e Marcus Ferreira levou para a avenida o tema “Viradouro de Alma Lavada”, homenageando o Ganhadeiras de Itapuã, grupo nascido em 2004 e que tem como objetivo homenagear mulheres que nos séculos 19 e 20 lavavam roupa para garantir o sustento da família ou saíam com seus balaios a pé para vender peixe pela cidade. As ganhadeiras recontam essas histórias em forma de cantigas e samba.

Depois de 23 anos, a escola conquista o seu segundo título, em uma disputa acirrada com as escolas Grande Rio e Beija-Flor. Na apuração final, a Viradouro alcançou nota de 269,6, a mesma da segunda colocada, Grande Rio; em terceiro, a Mocidade Independente de Padre Miguel ficou com 269,4.

Estácio de Sá e União da Ilha foram rebaixadas e desfilam o carnaval 2021 em grupo de acesso.

Leia a letra do samba-enredo da Viradouro

Ó, mãe! Ensaboa, mãe!
Ensaboa, pra depois quarar

Ó, mãe! Ensaboa, mãe!
Ensaboa, pra depois quarar

Ora yê yê ô oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!

Ora yê yê ô oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!

Levanta, preta, que o Sol tá na janela
Leva a gamela pro xaréu do pescador
A alforria se conquista com o ganho
E o balaio é do tamanho do suor do seu amor
Mainha, esses velhos areais
Onde nossas ancestrais acordavam as manhãs
Pra luta sentem cheiro de angelim
E a doçura do quindim
Da bica de Itapuã

Camará ganhou a cidade
O erê herdou liberdade
Canto das Marias, baixa do dendê
Chama a freguesia pro batuquejê

Camará ganhou a cidade
O erê herdou liberdade
Canto das Marias, baixa do dendê
Chama a freguesia pro batuquejê

São elas, dos anjos e das marés
Crioulas do balangandã, ô iaiá
Ciranda de roda, na beira do mar
Ganhadeira que benze, vai pro terreiro sambar
Nas escadas da fé
É a voz da mulher!

Xangô ilumina a caminhada
A falange está formada
Um coral cheio de amor
Kaô, o axé vem da Bahia
Nessa negra cantoria
Que Maria ensinou

Ó, mãe! Ensaboa, mãe!
Ensaboa, pra depois quarar

Ó, mãe! Ensaboa, mãe!
Ensaboa, pra depois quarar

Ora yê yê ô oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!

Ora yê yê ô oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!

Levanta, preta, que o Sol tá na janela
Leva a gamela pro xaréu do pescador
A alforria se conquista com o ganho
E o balaio é do tamanho do suor do seu amor
Mainha, esses velhos areais
Onde nossas ancestrais acordavam as manhãs
Pra luta sentem cheiro de angelim
E a doçura do quindim
Da bica de Itapuã

Camará ganhou a cidade
O erê herdou liberdade
Canto das Marias, baixa do dendê
Chama a freguesia pro batuquejê

Camará ganhou a cidade
O erê herdou liberdade
Canto das Marias, baixa do dendê
Chama a freguesia pro batuquejê

São elas, dos anjos e das marés
Crioulas do balangandã, ô iaiá
Ciranda de roda, na beira do mar
Ganhadeira que benze, vai pro terreiro sambar
Nas escadas da fé
É a voz da mulher!

Xangô ilumina a caminhada
A falange está formada
Um coral cheio de amor
Kaô, o axé vem da Bahia
Nessa negra cantoria
Que Maria ensinou

Ó, mãe! Ensaboa, mãe!
Ensaboa, pra depois quarar

Ó, mãe! Ensaboa, mãe!
Ensaboa, pra depois quarar

Ora yê yê ô oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!

Ora yê yê ô oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!