"Vou te pedir pra ser laranja", disse Deltan a procuradora
Créditos: Fernanda Frazão/Agência Brasil
O novo capítulo da Vaza Jato do Intercept Brasil traz mais revelações sobre as articulações políticas da força-tarefa de Curitiba.
A reportagem, assinada por Rafael Neves e Rafael Moro Martins, mostra que:
• O procurador Deltan Dallagnol, o Dallanhinho, utilizou dois grupos "apartidários" (sic), daqueles que foram para a Avenida Paulista pedir "Fora Dilma" - o "Vem pra Rua" e o "Mude - Chega de Corrupção" - para organizar manifestações políticas contra o Supremo Tribunal Federal.
• As mobilizações começaram logo após a morte do ministro Teori Zavascki, em 19 de janeiro de 2017. Teori era o relator da Lava Jato no STF.
• Segundo a reportagem, Dallagnol tomou cuidado "para não ser vinculado publicamente" aos movimentos.
• Dallagnol insinua que solicitou ao ministro Luís Roberto Barroso para que ele, Barroso, migrasse para a segunda turma do STF. Quem realizou a movimentação, entretanto, foi Edson Fachin, que acabou sorteado relator da Lava Jato. O Dallanhinho comemorou: "Fachin foi coisa de Deus".
• Dallagnol também tentou pressionar outro ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, a votar pela prisão em segunda instância.
• Em março de 2018, Dallagnol pediu que uma colega, a procuradora Thaméa Danelon, fosse sua "laranja" em uma manobra da força-tarefa para pressionar o STF a prender Lula: “Se Vc topar, vou te pedir pra ser laranja em outra coisa que estou articulando kkkk”, disse Deltan.
• O Dallanhinho explica: “Um abaixo assinado da população, mas isso tb nao pode sair de nós… (...) Mas não comenta com ng, mesmo depois. Tenho que ficar na sombra e aderir lá pelo segundo dia. No primeiro, ia pedir pra Vc divulgar nos grupos. Daí o pessoal automaticamente vai postar etc”.
Leia a reportagem na íntegra no Intercept.
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