Wagner: TCU não decide
"Dilma encarou com respeito a decisão do TCU; esta é uma página virada"
publicado
08/10/2015
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Wagner: "Processo de impeachment cada um pode propor o que quiser. Não vejo como elemento de prova um parecer que sequer foi votado"
No G1:
Para Dilma, julgamento do TCU é 'página virada', diz ministro Wagner
Ministro da Casa Civil falou à imprensa após reunião ministerial.
Presidente fez primeiro encontro com ministros após reforma administrativa.
O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou que a presidente Dilma Rousseff considerou “página virada”, durante a reunião ministerial desta quinta-feira (8), a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de recomendar ao Congresso Nacional a rejeição das contas do governo do ano passado.
Após três horas de sessão nesta quarta (7), os ministros do TCU decidiram acompanhar o voto do relator, ministro Augusto Nardes, e votaram pela reprovação das contas, em razão das chamadas "pedaladas fiscais". Segundo avaliação do tribunal, a situação fiscal do Executivo mostrou a "desgovernança" das contas públicas.
Jaques Wagner falou aos jornalistas no Palácio do Planalto após a reunião ministerial, a primeira após a reforma administrativa que mudou o comando de dez pastas.
Segundo ele, agora, o governo vai fazer a "batalha" no Congresso Nacional, que é o responsável por decidir se as contas serão aprovadas ou rejeitadas.
“A presidenta é uma guerreira. Ela opera muito bem nas dificuldades. Evidentemente que a gente preferia a análise feita pelo TCU culminando de outra forma. Mas ela [Dilma] encarou com respeito a decisão do TCU e entende que esta é uma página virada. E vamos fazer a batalha no julgamento que será feito pelo Congresso Nacional”, disse o ministro.
Questionado sobre o tamanho da “derrota” que o governo avalia ter sofrido no julgamento do TCU, Wagner disse que prefere não fazer essa avaliação por não caber a ele “adjetivar o processo”. O ministro voltou a afirmar que a análise no tribunal foi técnica, enquanto no Congresso Nacional será política.
Para ele, o fato de o tribunal sugerir ao Legislativo a rejeição das contas não serve de base para eventual processo de impeachment da presidente Dilma.
“Processo de impeachment cada um pode propor o que quiser. Não vejo como elemento de prova um parecer que sequer foi votado. […] Eu acho muito difícil se tornar isso como elemento de prova porque isso é pretérito e está claro que fatos ocorridos antes de janeiro de 2015 não podem servir de base [para o impeachment]”, disse. “O impeachment não pode ser usado como ferramenta política”, acrescentou.
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Após três horas de sessão nesta quarta (7), os ministros do TCU decidiram acompanhar o voto do relator, ministro Augusto Nardes, e votaram pela reprovação das contas, em razão das chamadas "pedaladas fiscais". Segundo avaliação do tribunal, a situação fiscal do Executivo mostrou a "desgovernança" das contas públicas.
Jaques Wagner falou aos jornalistas no Palácio do Planalto após a reunião ministerial, a primeira após a reforma administrativa que mudou o comando de dez pastas.
Segundo ele, agora, o governo vai fazer a "batalha" no Congresso Nacional, que é o responsável por decidir se as contas serão aprovadas ou rejeitadas.
“A presidenta é uma guerreira. Ela opera muito bem nas dificuldades. Evidentemente que a gente preferia a análise feita pelo TCU culminando de outra forma. Mas ela [Dilma] encarou com respeito a decisão do TCU e entende que esta é uma página virada. E vamos fazer a batalha no julgamento que será feito pelo Congresso Nacional”, disse o ministro.
Questionado sobre o tamanho da “derrota” que o governo avalia ter sofrido no julgamento do TCU, Wagner disse que prefere não fazer essa avaliação por não caber a ele “adjetivar o processo”. O ministro voltou a afirmar que a análise no tribunal foi técnica, enquanto no Congresso Nacional será política.
Para ele, o fato de o tribunal sugerir ao Legislativo a rejeição das contas não serve de base para eventual processo de impeachment da presidente Dilma.
“Processo de impeachment cada um pode propor o que quiser. Não vejo como elemento de prova um parecer que sequer foi votado. […] Eu acho muito difícil se tornar isso como elemento de prova porque isso é pretérito e está claro que fatos ocorridos antes de janeiro de 2015 não podem servir de base [para o impeachment]”, disse. “O impeachment não pode ser usado como ferramenta política”, acrescentou.
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