Zé Hamilton: PF exacerba as funções
Passou a fazer espetáculo
publicado
04/10/2017
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Zé Hamilton: "faça seu papel, mas com cordialidade, civilidade" (Reprodução: Memória Globo)
Via R7:
Referência do jornalismo cobra a PF: 'Obrigação de tratar com civilidade'
Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra o jornalista José Hamilton Ribeiro, 82 anos, um dos jornalistas brasileiros mais antigos e mais relevantes em atividade no País, comentando o suicídio cometido pelo reitor afastado da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Luis Carlos Cancellier Olivo, na última segunda-feira (2), em Florianópolis.
O jornalista, que é autor de 15 livros, dentre eles um que fala sobre a cobertura que fez da Guerra do Vietnã para a revista Realidade, diz que o momento após a morte do reitor é o ideal para uma reflexão acerca do que é pedido às instituições brasileiras.
Ele afirma que é preciso cobrar para que as instituições, entre elas a PF (Polícia Federal), "faça seu papel, mas com cordialidade, civilidade, tratando com cortesia as pessoas que estão sob processo e sob suspeita, que às vezes se revelam infundadas".
"Eu tenho notado que a Polícia Federal está espetacularizando demais sua ações, exacerbando suas funções e tratando suspeitos como se fossem condenados", diz José Hamilton. "Mesmo lidando com pessoas simples, que têm ficha policial, tem a obrigação de tratar as pessoas com civilidade e não chegar numa pessoa inopinadamente em um ambiente de trabalho, ou na presença da família, e ir botando algemas", complementa.
(...) José Hamilton participou da abertura da 16ª Semana de Jornalismo da UFSC, na última segunda-feira, poucas horas depois do corpo do reitor afastado da universidade ser encontrado no Beiramar Shopping. (...)