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Holanda derrotou Eros Grau. Nem tudo está perdido

O Conversa Afiada não leva a Academia Brasileira de Letras muito a sério. Mas, se encheu de alegria com a eleição de Geraldo Holanda Cavalcanti.
publicado 04/06/2010
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O Conversa Afiada não leva a Academia Brasileira de Letras muito a sério.

(Data vênia minha querida Ana Maria Machado.)

Mas, se encheu de alegria com a eleição de Geraldo Holanda Cavalcanti.

Primeiro, gostaria de falar do mestre diplomata.

Nos anos militares (o Conversa Afiada evita usar a expressão “ditadura”, porque, no Brasil, ela foi dilapidada pela historiografia oficial), Holanda era cônsul geral em Hong-Kong.

A China vivia seus anos trevosos e Holanda desempenhou papel crucial na abertura do mercado chinês para produtos brasileiros.

Horácio Coimbra, dono da Cacique, vendeu café solúvel na China, pelas mãos de Holanda.

Coimbra e Holanda abriram a China para o Brasil.

Depois, o tradutor.

Em inúteis divagações com Mino Carta, comecei a me iniciar na obra de Eugenio Montale e Salvatore Quasimodo.

Mas, as versões que lia em inglês eram um obstáculo.

Até que Geraldo Holanda Cavalcanti produziu duas obras primas – a tradução de duas antologias desses gênios e Prêmios Nobel italianos.

Pena que Martinho da Vila não tenha conseguido um voto.

Será eleito, proximamente.

Outra magnífica notícia.

Eros Grau foi fragorosamente derrotado.

Ele merece que a História o retenha como o relator da decisão que anistiou os militares torturadores.

Machado de Assis não o acolheria com elegância.

 

 

Paulo Henrique Amorim