1.300 empresas vão decretar falência até o fim do ano
Do Globo Overseas (empresa que tem sede na Holanda para lavar dinheiro e subornar agentes da FIFA com objetivo de ter a exclusividade para transmitir os jogos da seleção):
País deve ter maior número de falências em uma década
Com uma lenta retomada da economia e investimentos represados devido à incerteza no cenário eleitoral, o Brasil vai registrar neste ano um aumento no número de empresas em recuperação judicial e o maior volume de falências em uma década. A recuperação concentrada em poucos setores e o fraco consumo das famílias explicam essa piora. A alta do dólar pode fazer com que essa situação persista em 2019, dizem analistas. (...)
A lista de companhias que tiveram de procurar amparo na Justiça para tentar aprovar um programa de recuperação - e com isso obter uma trégua dos credores — é grande e eclética. O aeroporto de Viracopos, a empresa de cosméticos Contém 1g e a fabricante de refrigerantes Dolly são alguns exemplos de companhias que não estavam conseguindo arcar com seus compromissos financeiros e tiveram de apelar para a proteção judicial em 2018. Elas seguem em reestruturação.
Outras, como a rede de livrarias Laselva e empresas do Grupo Schahin, da área de engenharia civil, não resistiram. A reestruturação de dívidas feita na fase de recuperação não foi suficiente para manter essas empresas em funcionamento, e elas tiveram a falência decretada.
Um detalhe chama a atenção no universo de empresas falidas. As companhias médias ou grandes são 34% do total, o maior percentual já registrado desde o início da série histórica, que tem segregação por porte desde 2005. (...)
O número de empresas que vão recorrer ao processo de recuperação judicial deve alcançar 1.282 até dezembro, de acordo com a Corporate. O acumulado neste ano será maior que os 1.195 casos do ano passado. Apesar da perspectiva de crescimento de 7,3%, ainda ficará abaixo do recorde de 2016.
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