Economia

Você está aqui: Página Inicial / Economia / 2010 / 04 / 08 / Sai o último “homem do mercado” do BC. Que bom !

Sai o último “homem do mercado” do BC. Que bom !

publicado 08/04/2010
Comments

Saiu no Estadão da província de S. P., pág. B10:

“Texto da ata provocou saída de Mesquita. Ex-diretor não teria gostado das explicações do Copom para manutenção (sic) do juro em março”.

Mario Mesquita era diretor de Política Econômica do BC e, antes, trabalhou nos bancos ABN e no ING (para onde deve voltar, triunfante, em breve).

Muito simples.

Mesquita queria aumentar os juros.

O que, aliás, é o que os bancos mais queriam que acontecesse.

O BC não aumentou os juros.

Ele caiu fora.

Que bom !

Mesquita é o último representante “do mercado” na diretoria do BC.

Um funcionário de carreira do BC o substituiu.

Que bom !

O pessoal “do mercado” no BC adora um juro alto.

O mercado também.

Paulo Henrique Amorim

Em tempo: agora, as usual, Mesquita poderá fazer companhia a Ilan Goldfajn e Alexandre Schwartsman, que se despiram da leve túnica de recato para reforçar as páginas do PiG (*) e falar mal do Governo Lula (a que serviram, sob remuneração). Ou fazer como o Armínio Fraga, presidente do BC de FHC, que foi para o exterior, como presidente da Bolsa (brasileira), para falar mal do Brasil. Chega de pessoal “do mercado”. Paul Volcker, por exemplo, não fala do BC americano – só do período em que o presidiu. Uma questão de recato.

Em tempo 2: Pior fez o diretor do BC Mario Torós, que inspirou reportagem do Valor e revelou segredos de Estado. O que provocou sua imediata demissão.

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.