Sobre a independência do Banco Central. Serra e Miriam travam batalha de 2002
Conta-se que na entrevista “levanta eu que corto” na CBN José Serra se irritou com uma jornalista mulher.
Ele tem um problema com jornalistas mulheres: clique aqui para ver que ele recentemente atacou repórteres gaúchas.
Serra se teria irritado com a urubóloga Miriam Leitão, por que ela quis saber se ele respeitaria a independência do Banco Central.
O Banco Central não é a Santa Sé, teria dito ele, genial !
A discussão está “fora do lugar”.
Serra não respeitaria nada, se fosse presidente (mas não será, porque o Vesgo do Pânico tem mais chance do que ele).
Serra é o nosso Putin.
Segundo: nenhum presidente respeitou mais a autonomia do Banco Central do que o Presidente Lula.
( O FHC demitiu vários.)
Nomeou um adversário político – um tucano - para presidi-lo.
E lhe deu status de Ministro.
Nem a Miriam, nos momentos mais urubolísticos será capaz de se lembrar de uma única vez em que Lula interviesse na política monetária.
E o Serra ?
Ele defende a intervenção manu-militari no Banco Central, com as divisões do Nelson Jobim.
Na verdade, se fosse eleito, ele não precisaria fazer isso.
Ele nomearia para o Banco Central o professor Belluzzo, o Gesner, o Ricardo Sérgio, o Preciado e o Gonzalez.
Ficava tudo em casa.
Não precisava “intervir”.
Serra pensa que é o único brasileiro que discorda da política de juros do BC.
E faz disso um cavalo de batalha.
É outro espaço do vácuo (*) em que habita.
A independência do BC esteve em questão quando Serra dizia às reginas duartes que o Lula era Belzebu.
Hoje, não precisa mais.
Quem mete medo é ele.
Que não respeitaria a independência nem da Mega Sena.
Só ia sair para São Paulo.
Paulo Henrique Amorim
(*) Não se trata de uma incongruência, amigo navegante, “espaço do vácuo”. É que o PiG (**) cria espaços de vácuo e deposita o Serra lá dentro. Mas, não se iluda. Ele está nu.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.