Supremo e PGR ressuscitam monstro da hiper-inflação

Lembra da “correção monetária”, amigo navegante ?

Do “gatilho salarial” ?

Lembra da hiper-inflação ?

Você ficou feliz com o Plano Real ?

Você se lembra de os brasileiros elegerem duas vezes Fernando Henrique Cardoso por causa do Plano Real e do fim da hiper-inflação ?

Você se lembra daquela frase do Perón  – na inflação, os salários sobem de escada e os preços de elevador ?

Lembra da frase do Millôr: sempre sobra mês no fim do salário ?

Lembra do Stanislaw Ponte Preta: ou restaure-se a moralidade ou nos locupletemos todos ?

São frases que captam o desespero com a inflação e seus sub-produtos.

Pois é, amigo navegante, o Supremo Tribunal Federal e a Procuradoria Geral da República tiveram um ataque de amnésia.

Querem atropelar a Constituição e jogar alpiste na gaiola do monstro adormecido.

Saiu no blog Amigos do Presidente Lula:

quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Projeto do Supremo ressuscita gatilho salarial para ministros
Dispositivo incluído na proposta prevê reajuste automático por ato administrativo com base no IPCA a partir de 2012

Projetos de lei encaminhados ao Congresso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pela Procuradoria-Geral da República podem ressuscitar a política do gatilho salarial, mecanismo vigente na época da inflação por meio do qual os salários eram reajustados automaticamente com base em índices oficiais.

Atualmente, para conseguir um aumento, o Judiciário e o Ministério Público têm de encaminhar projetos ao Congresso. Nas propostas enviadas na semana passada, no entanto, foi incluído um dispositivo segundo o qual a partir de 2012 o reajuste seria feito por um ato administrativo com base na variação do IPCA.

Na justificativa do projeto, o STF afirmou que o mecanismo "dispensará a necessidade de remessa anual de projetos de lei ao Congresso Nacional, o que tornará o processo legislativo mais célere". "Terá por base índices anuais projetados pelo governo federal", diz o projeto que propõe o reajuste dos salários dos ministros do STF dos atuais R$ 26.723 para R$ 30.675.

Cascata. Se a proposta for aprovada pelo Congresso, além do gatilho salarial, ela provocará um aumento em cascata nos salários dos magistrados e do funcionalismo público em geral. Isso ocorre porque a remuneração dos ministros do STF é o teto para o serviço público. Toda vez que ela é reajustada, ocorrem aumentos em todo o funcionalismo.

Há previsão de que o projeto terá impacto de pouco mais de R$ 2 milhões no âmbito do STF e de R$ 446,7 milhões no Judiciário da União.

Ontem, o ministro do Supremo Tribunal de Federal (STF), José Antonio Dias Toffoli, recusou-se a comentar a proposta de reajuste com base no IPCA. Após participar de reunião no Senado para discutir mudanças no código eleitoral, Toffoli reagiu irritado à pergunta se concordava ou não com a proposta enviada ao Congresso pelo presidente do STF, Cezar Peluso. "Aqui não é assunto da comissão. Não vou comentar assunto que não seja da comissão. Estou no Senado e não no Supremo Tribunal", disse, visivelmente irritado.

Em 2007, quando a Câmara quis aumentar o salário dos parlamentares, o Supremo decidiu que era necessário uma lei e que, portanto, reajustes salariais não poderiam ser concedidos por ato da Mesa.Com informações da Agência Estado

Em tempo: o que dirão Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Rubens Ricúpero, Ciro Gomes, Pedro Malan, Gustavo Franco, Edmar Bacha, Pérsio Arida e tantos outros “pais do Real” ? Que tal a volta do “gatilho” ? E uma correçãozinha monetária ? De correçãozinha em correçãozinha o dragão enche o papo, não é isso ? Já imaginou se o Paulinho da Força sabe disso ?