Meirelles é o Greenspan. Assim quebrou o PanAmericano
Amigo navegante do Universo bancário telefona entusiasmado:
"Viva a liberdade!".
O amigo navegante se referia à histórica entrevista que o presidente do BankBoston concedeu ao Estadão.
Entrevista de que Henrique Meirelles pode amargamente se arrepender.
Os banqueiros liderados por Robert (FHC o chama de "Bob") Rubin, do Citibank, trancaram o candidato Bill Clinton num jantar no restaurante Club 21, em Nova York.
E fizeram a cabeça do candidato então social democrata.
"Bob" convenceu Clinton a descontruir toda a legislação que vinha do governo Roosevelt para fiscalizar os bancos.
Foi o que Clinton fez.
E teve o apoio decisivo e mortal do presidente do Banco Central, Alan Greenspan.
Em setembro de 2008, o Lehman quebrou.
Com ele, o sistema bancário americano, inclusive o Citibank do "Bob".
O vilão desta história é o Greenspan, aqui reproduzido pelo Meirelles.
Em outubro de 2008, em meio às ruínas de Wall Street, Meirelles declarou:
"Eu errei ao acreditar que o interesse próprio das organizações, especialmente dos bancos e outras instituições financeiras, era tal que eles mesmos seriam capazes de proteger seus acionistas e o patrimônio de suas empresas."
O que significa isso ?, amigo navegante.
Se fosse presidente do Banco Central do Brasil, e o Banco PanAmericano quebrasse debaixo de seus bigodes, Greenspan diria o que o Meirelles disse:
"Quem tem que fiscalizar é o Silvio".
Portanto, que Deus nos livre e guarde de uma crise bancária como a americana.
Porque o Meirelles acredita que o Silvio deixou o Lehman quebrar porque considerou que era a melhor maneira de defender seus acionistas e seu patrimônio.
O Meirelles, eterno presidente do BankBoston, faz parte das ruínas do sistema neo-liberal.
Que o Fernando Henrique trouxe para o Brasil na mesma bagagem dos Chicago Boys do Pinochet e do Alan Touraine.
Clique aqui para ler sobre este velhinho desempregado que o FHC trouxe para SP.
Este é o presidente do Banco Central do Governo Lula que, tomara !, seja defenestrado pela Dilma.
Ele merece ser esquecido na mesma gaveta da História em que sepultaram o Greenspan.
Paulo Henrique Amorim