Do boletim do Bradesco, de responsabilidade de Octávio de Barros:
Forte desempenho do rendimento do trabalhador reforça aquecimento do mercado de trabalho em outubro
Apesar da estabilidade na margem da taxa de desemprego verificada em outubro, o forte desempenho dos indicadores de rendimento e de massa salarial reforça nossa avaliação de que o mercado de trabalho continua aquecido. A taxa de desemprego atingiu 6,1% em outubro, mantendo-se praticamente estável em relação ao nível de setembro (6,2%), conforme divulgado ontem pelo IBGE.
Frente ao mesmo mês do ano passado, a taxa de desemprego é 1,4 ponto percentual inferior e representa o patamar mais baixo da série história, iniciada em 2002. Considerando a série ajustada sazonalmente pelo DEPEC-Bradesco, a desocupação também ficou estável ante o mês anterior em 6,2% no período.
Corroborando a situação corrente favorável do mercado de trabalho, observamos aceleração do ritmo de crescimento da população ocupada em relação ao mesmo mês do ano passado, passando de 3,5% em setembro para 3,9% em outubro.
A população economicamente ativa (PEA), por sua vez, avançou de forma mais expressiva, com alta de 2,3% em relação a outubro do ano passado, após crescimento de 1,9% em setembro, nesta base de comparação, impedindo que a taxa de desemprego se retraísse mais em outubro. Adicionalmente, em linha com o observado nos últimos meses, o desempenho da renda do trabalhador permanece como destaque: o rendimento médio habitual chegou a R$ 1.515,40, o que representa expansão interanual de 6,5% em termos reais, pouco acima do observado em setembro (6,2%). Dentre suas categorias, construção civil e outros serviços apresentaram as maiores altas, de 10,1% e de 9,1% na base de comparação interanual, respectivamente.
A massa salarial, na mesma direção, registrou alta de 10,8% ante outubro do ano passado.