Santander derruba a Petrobrás. No orçamento da Dilma vale qualquer coisa ?
O Itaú lançou ações da Petrobrás no mundo inteiro, na maior operação de capitalização da História do capitalismo.
Logo depois, aproveitou a alta e vendeu ações da Petrobrás, numa operação para driblar o IOF
Clique aqui para ler "Bancos, PiG e Serra: todos unidos contra a Petrobrás".
Gente fina é outra coisa.
Agora é o Santander.
Na página 18 do Globo de hoje, o Santander, através de seu Economista – Chefe - economista chefe ! – acusou a maior empresa do Brasil de uma fraude contábil.
O que ele chamou de “contabilidade criativa”.
“Contabilidade criativa”, nos Estados Unidos, dá cadeia.
Aqui no Brasil, o Daniel Dantas, por exemplo, vai para a cadeia e sai (duas vezes.)
Trata-se de uma velha acusação do Globo, inimigo da Petrobrás desde os tempos do Dr Getúlio, em 1954.
Segundo Sérgio Gabrielli, “a Petrobrás recebeu R$ 132 bilhões pela capitalização e pagou R$ 74 bilhões por cinco bilhões de barris. Se isso não é caixa, eu não sei o que é caixa”.
As explicações da Petrobrás já foram exaustivamente prestadas.
Mas, o Santander parece incrédulo.
O Santander parece não confiar em números que saiam do forno de uma empresa estatal ou do próprio Estado brasileiro.
Ou será seu Economista-Chefe ?
Tanto que seu Economista-Chefe - segundo o insuspeito Globo – “criticou a política fiscal expansiva do Governo e disse que valeu ‘praticamente qualquer coisa’ no cálculo do superávit”.
Valeu o que ?
Quer dizer que o Orçamento da Presidenta Dilma Rousseff tem menos credibilidade que o jogo do bicho ?
Não vale o que está escrito ?
Como é que é ?
Imagine, amigo navegante, se alguém, num seminário, público, como foi o do Rio, em duas respeitáveis instituições – FGV e Firjan – se alguém se levanta e diz que, para obter o lucro que está para anunciar o Santander tenha usado a prática do “ valeu praticamente qualquer coisa” !
Quer dizer: no balanço do Santander não vale o que está escrito !
Esse Economista-Chefe faz parte daquela legião de quindins de Iaiá do PiG (*).
Ele foi diretor do Banco Central e saiu do Governo direto a falar mal do Governo (Lula) a que serviu e que o tinha remunerado, em dia.
Gente fina é outra coisa.
No Brasil, amigo navegante, de fato, vale “praticamente qualquer coisa”.
Será que no Santander também é assim ?
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.