Renda do pobre cresce mais que a do rico. Esse Nunca Dantes ...
Saiu no Valor, pág. A15, artigo de Marcelo Neri de título “O espelho da desigualdade”.
Ele mostra que na década passada a renda dos 10% mais pobres da população subiu 70%.
Se você, agora, amigo navegante, pegar a fatia dos 50% mais pobres, verá que a renda deles cresceu 320% mais do que a renda dos ricos, os 10% mais ricos da população.
Em 1960, na transição do Governo JK-Jango com o governo do grande presidente João Goulart, ocorreu o período de melhor distribuição de renda, até onde os especialistas podem medir.
Pois, hoje, amigo navegante, com o Nunca Dantes, verifica-se o que o competente Neri chama de “espelho da desigualdade”.
Ao comparar a situação de melhor igualdade com a década do Nunca Dantes se observa que a renda dos mais pobres cresce à mesma velocidade da renda dos mais ricos.
Este ansioso blog já tinha previsto que Neri estava para dar boas notícias sobre a Classe C para o Nunca Dantes.
É o que ainda está por vir.
Esse Nunca Dantes ...
Como disse a Dilma, naquele discurso em que ela deu de 10 a 0 no Obama: o senhor visita este país no momento mais vibrante por causa do trabalho do Nunca Dantes.
Vão ter que engolir !
Em tempo: cabe louvar a elegância de Neri ao destacar a “obra seminal” de Carlos Geraldo Langoni, que, em 1973, estabeleceu a relação entre “educação” e “renda”. Langoni foi vítima de duas pragas. Uma, a do regime militar, que disse: não se distribui a renda porque é preciso, primeiro, o pobre voltar da pós-graduação em Harvar (é isso mesmo, revisor, “Harvar”). Outra, dos brilhantes economistas da “esquerda” iluminada da época - Pedro Malan e Edmar Bacha -, que acusavam Langoni de subscrever o “arrocho salarial” dos militares. O mundo gira e a Lusitana roda, e Malan e Bacha promoveram o “arrocho do FHC”. E a “educação”, todo mundo sabe, é um dos ingredientes da elevação da renda.
Paulo Henrique Amorim