Tony Palocci quer jogar a Petrobras às feras ( do PiG )
Pousou na janela do hotel deste ansioso blogueiro, às margens da Avenida Atlântica, no Rio, aquele passarinho que o visitava em Brasília.
É o mesmo passarinho que mostrou como funciona a geografia do Planalto: o Johnbim não manda nada, mas quer ser o Armando Falcão; e o Tony Palocci manda muito e quer ser o Golbery.
Pois, agora, neste fim de semana, o passarinho contou outra do Tony Palocci.
Havia um movimento para atribuir à Agencia Nacional do Petróleo e - só à ANP - a responsabilidade de administrar o preço da gasolina – e, portanto, apanhar do PiG (*).
Enfrentar uma surra como a que acontece agora, e obrigou a Petrobras a jogar água na fervura do aumento da gasolina.
Como golpear a Dilma, no momento, nessa falsa lua de mel ?
Anunciar o preço escandaloso da gasolina ?
Ou a proximidade da hiper-inflação ?
É o dilema do PiG e seus “especialistas” – aqueles que dão assessoria a banco e aparecem como “especialistas” neutros – é o caso do banqueiro Armínio Fraga, que anuncia no Globo a iminência de hiper-inflação como a da República de Weimar.
Pois, o movimento para deixar a ANP apanhar sozinha do PiG (*) e dos especialistas da urubóloga deu com os burros n’água.
Tony Palocci prefere que a Petrobras apanhe sozinha.
Como assim ?
Segundo esse passarinho falante, para Tony é preferível que a Petrobras e, não, o Governo apanhe.
E, para Tony, a opinião pública acreditaria que a ANP é mais parecida com o Governo do que a Petrobras.
É possível também que Tony não se seja fã da Petrobras.
Pelo que fez como prefeito de Ribeirão Preto – o único prefeito do Brasil que teve a honra de privatizar uma companhia telefônica – é possível que ele preferisse a Petrobrax.
Sobre a matéria – “entreguismo” –, convém ler a importante entrevista que Maria Inês Nassif fez com Luiz Carlos Bresser-Pereira, que denuncia o entreguismo do Farol de Alexandria.
Um dia, um ponderado petista vai denunciar o do Tony.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.