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A melhor obra neoliberal: eles quebraram os EUA

Saiu no Wall Street Journal: S&P Cuts U.S. Ratings Outlook to Negative.
publicado 18/04/2011
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Saiu no Wall Street Journal:

S&P Cuts U.S. Ratings Outlook to Negative


By MATT JARZEMSKY


Standard & Poor's Ratings Services Inc. cut its outlook on the U.S. to negative, increasing the likelihood of a potential downgrade from its triple-A rating, as the path from large budget deficits and rising government debt remains unclear.


"More than two years after the beginning of the recent crisis, U.S. policy makers have still not agreed on how to reverse recent fiscal deterioration or address longer-term fiscal pressures," S&P credit analyst Nikola G. Swann said. He said the rating agency puts the chance of a U.S. downgrade within two years at least one-in-three.

Agência de risco americana Standard & Poor’s deu nota “negativa” para os Estados Unidos, uma vez que permanecem indefinidas as medidas para enfrentar os crescentes déficits e dívida do Governo.

“Mais de dois anos depois do começo desta crise, as autoridades americanas ainda precisam chegar a um acordo sobre como reverter a recente deterioração fiscal e enfrentar as pressões fiscais de longo prazo”, disse um analista da agencia.

Navalha

Não se deve levar a sério essas agências de risco.

Basta assistir ao filme “Trabalho Interno” para concluir que as análises dessas agências americanas de risco são, na melhor das hipóteses, um chute.

É exatamente por isso que, dessa vez, se deve levar a sério o que elas dizem.

Se até um pessoal de meia tigela acha que os Estados Unidos podem dar o calote na dívida, aí, amigo navegante, é porque a coisa está feia.

Como se sabe, recentemente o Governo americano quase fechou.

Porque os radicais do neoliberalismo – os Republicanos – ameaçavam cortar o dinheiro para o Governo Federal, se não fossem feitos cortes drásticos no Orçamento e se o Governo Federal não parasse de financiar programas de controle da natalidade e realização de aborto em situação de risco ou estupro.

(Olha o Cerra aí, minha gente ! Mas, no Chile pode !)

Como disse o Martin Woolf, no Financial Times, os Republicanos queriam reduzir o Governo Federal a uma agencia pagadora de aposentadorias.

O programa Republicano de “consertar” a economia é cortar mais ainda os impostos dos ricos e fechar os programas de assistência aos pobres.

Uma espécie de “eugenia fiscal”.

(O que, segundo a Economist, é o que resta ao PSDBêbado, depois da estratégia do “quero que o pobre se exploda”.)

Obama reagiu, tentou defender os compromissos liberais dos Democratas de Johnson e Roosevelt, mas sua proposta de Orçamento não tem vida longa no Congresso.

Este domingo, no New York Times, a articulista Maureen Dowd restabeleceu a matriz ideológica dos neoliberais americanos.

(Aqui, como se sabe, os neoliberais todos descendem da urubóloga e, não, o contrário.)

A matriz americana é a filósofa Ayn Rand.

De Rand saiu a filosofia de Alan Greenspan, que quebrou Wall Street: o egoísmo dos agentes econômicos fará com que eles próprios se regulem e impeçam uma instabilidade sistêmica.

Jenial !

Nada de regulação.

Em 2008, o Produto Bruto da economia do mundo era de US$ 60 trilhões.

E havia US$ 600 trilhões em produtos financeiros desreguladíssimos e derivados dos derivativos !

Dez vezes mais do que o que era efetivamente produzido.

Ou seja, para cada dólar de produção havia dez dólares de vento.

É a obra prima de Rand, dos neoliberais.

E, agora, dos Republicanos que têm pavor de aborto (no Chile, porém, pode !).

Eles vão transformar o Executivo americano num guichê pagar de INSS.

(Mas continuarão a ser a fonte de inspiração dos neoliberais e colonistas (*) colonizados.)

 




Paulo Henrique Amorim


(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.