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Mercado pagou para ver: inflação era blefe do PiG (*)

A Janete chegou para trabalhar cedo e deparou-se com exemplares do PiG na mesa.
publicado 10/05/2011
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A esteticista Janete chegou para trabalhar cedo, aqui em casa.

Deparou-se com uns exemplares do PiG (*) espalhados pela mesa.

Sentou-se e perguntou:

- É para ler alguma coisa aqui, seu Paulo Henrique ?

- Não. Não perca o seu tempo, respondi.

- Tão dizendo que a inflação vai voltar. É isso mesmo, seu Paulo Henrique ?

- Mentira. Não vai voltar nada.

- Então a gente pode confiar no Brasil, não é mesmo, seu Paulo Henrique ?

- Claro !, Janete. Vamos para a cozinha tomar um café.

Navalha

Essa é a função do PiG (*).

Desestabilizar o Governo trabalhista (Vargas, Jango, Brizola, Lula e Dilma).

Trabalhar na expectativa.

Fabricar inflação.

Só que, mais uma vez, a expectativa se derreteu rápido.

O Tijolaço tratou disso com muito humor.

A Bíblia do mercado financeiro, a pesquisa Focus, onde os representantes dos bancos depositam no site do Banco Central, toda semana, suas aspirações misturadas com umas pitadas de realidade, a primeira Focus depois da ressurreição do dragão da inflação caiu no precipício.

A Focus já depositou a previsão para o IPCA dentro da meta.

O preço do etanol, com a entrada da safra, começou a cair.

O PiG (*) está provisoriamente sem bandeira.

Só o Globo insiste em sua velha batalha – desmoralizar a Petrobrás.

Na primeira página e na página que abre a seção de Economia, em que combate furiosamente a política de preços da BR Distribuidora: “Posto de gasolina chapa branca”.

(Esse pessoal da Economia do Globo é muito engraçado ! Conseguem ter menos senso de humor que o jornal nacional do Ali Kamel.)

Mas isso deve passar logo.

O dragão da inflação não vai longe.

A próxima crise já se desenha no horizonte: vai faltar bola de futebol para a Copa.

 




Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.