BNDES criou os bilionários
O Conversa Afiada reproduz artigo de Pierre Lucena, do Blog ACERTO DE CONTAS, de Recife
publicado
04/07/2011
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O Conversa Afiada reproduz artigo de Pierre Lucena, do Blog ACERTO DE CONTAS, de Recife:
BNDES de Luciano Coutinho funda uma nova ciência econômica: o Bilionarismo
A fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour é mais uma etapa da formação de uma mega elite de bilionários promovida com dinheiro público.
O Governo petista tem se especializado em algo extremamente nocivo para a população brasileira, que é a formação de oligopólios, afrontando o bom senso econômico, já que o principal interessado deveria ser o grupo dos consumidores, do qual eu, você e outros pobres mortais fazemos parte.
O economista Luciano Coutinho é o responsável pela formação de uma nova ciência econômica: o bilionarismo.
O bilionarismo utiliza o que de pior existe no socialismo, que é a falta de competição, com o apetite do setor privado, presente no liberalismo. O resultado é a consolidação de um baronato nacional capaz de fazer inveja a Rockfeller.
Utilizando-se do BNDES, ou por outras vezes do Banco do Brasil, o Governo está ajudando a distribuir empréstimo subsidiado a um grupo de empresas e pessoas em um processo que lembra a bizarra privatização russa.
Vamos relembrar de alguns desses casos:
1. Fusão da Sadia com a Perdigão
2. BrOi, dando US$ 1 bilhão a Daniel Dantas
3. Oferta de US$ 6 bi por parte do BB para a Telefônica comprar a GVT
4. Compra do Votorantim por parte do Banco do Brasil
Estes são apenas alguns casos mais conhecidos, mas o princípio de utilização de recursos públicos com o objetivo de formar grandes conglomerados é um absurdo. Concentra riqueza e prejudica o consumidor em um ato que não tem nada de estratégico.
Alguém pode me explicar qual o ganho para o país em fundar duas empresas de telefonia? Ou ainda em ser minoritário em uma fusão com o Carrefour? Ou pior, incentivando o fechamento do mercado de Banda Larga no Brasil, dando dinheiro para a Telefônica comprar a GVT. Esta última pelo menos não conseguiu obter êxito.
Ou pior, qual o interesse em juntar dois supermercados concorrentes, que de antemão anunciam o fechamento de várias lojas?
Só Luciano Coutinho (foto) explica o interesse público por trás dessas operações. No fundo o BNDES na sua gestão se assemelha a um grande fundo privado, pronto para observar oportunidades de mercado que muitas vezes não tem nada de estratégico.
Dentro desta lógica infernal, é impossível não se abraçar ao capeta.
Mas tem gente muito satisfeita com sua gestão. Antonio Ermírio, Abilio Diniz, Daniel Dantas, Luiz Fernando Furlan e outros bilionários não têm do que reclamar.
Obvio que não podemos esquecer de José Dirceu, para quem Coutinho é o melhor economista do Brasil, segundo palavras do próprio.