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BR Foods, Abiliô e Coutinho. Não é que a Míriam tem razão ?

Esse Coutinho é um prodígio. Reúne num mesmo campo este ansioso blogueiro e a urubóloga
publicado 14/07/2011
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Só mesmo o Luciano Coutinho, o Pai da Burguesia Nacional, para fazer este ansioso blogueiro elogiar a Miriam Leitão.

Na pág. 22 do Globo, na colona (*) de titulo “Fusão e confusão”, a urubóloga faz duas observações interessantes.

Primeiro, o BNDES bancou a fusão da Perdigão com a Sadia, num momento em que a Sadia tinha levado um tiro no peito com especulações no mercado futuro de câmbio, em 2008.

Agora, o CADE diz que a fusão não presta.

A empresa resultante, a BR Foods, vai ter que vender ativos e tirar marcas do mercado.

Ué, quer dizer então que o BNDES põe dinheiro do povo em monopólio que ia sufocar o povo ? – perguntaria a urubóloga se fosse mais abusada, como este ansioso blog.

E, agora, o BNDES patrocinou a recompra do Pão de Açúcar (como se a Casino fosse formada por um conjunto de idiotas do Johnbim).

O resultado dessa recompra seria tal que, em São Paulo, um mercadinho desprezível, como se sabe, a fusão resultaria numa concentração de 69% das vendas em supermercados observou a urubóloga.

Esse BNDES do Coutinho ...

E se a recompra do Abiliô vingasse, com a possível ajuda do Tony Palocci ?

O CADE ia ter que desmembrar o resultado desse casamento.

Quer dizer, o que o Coutinho benze o CADE não casa.

O mais esquisito – pondera a urubóloga, com razão – é o papel da empresa que pertenceu a Coutinho, a LCA Consultores (consultores ?, êpa, êpa ! – clique aqui para ler o que o Santayana falou sobre o desalento da Presidenta e da frase famosa do bandido Lucio Flávio).

“A LCA participou ativamente da negociação da solução que foi aprovada ontem (pelo CADE),” diz a urubóloga.

Esse Coutinho é um prodígio.

Reúne num mesmo campo este ansioso blogueiro e a urubóloga.

Viva o Brasil !

(Quando crescer eu quero trabalhar na LCA.)


Paulo Henrique Amorim



(*) “Colona” não se refere a cólon. Mas a colonistas que tratam o Brasil da perspectiva do que imaginam que a Metrópole imaginaria o Brasil. No caso especifico de Gaspari, ele trata o Brasil da perspectiva do que imagina que os professores de Harvard pensariam do Brasil e dele…