BR Foods, Abiliô e Coutinho. Não é que a Míriam tem razão ?
Só mesmo o Luciano Coutinho, o Pai da Burguesia Nacional, para fazer este ansioso blogueiro elogiar a Miriam Leitão.
Na pág. 22 do Globo, na colona (*) de titulo “Fusão e confusão”, a urubóloga faz duas observações interessantes.
Primeiro, o BNDES bancou a fusão da Perdigão com a Sadia, num momento em que a Sadia tinha levado um tiro no peito com especulações no mercado futuro de câmbio, em 2008.
Agora, o CADE diz que a fusão não presta.
A empresa resultante, a BR Foods, vai ter que vender ativos e tirar marcas do mercado.
Ué, quer dizer então que o BNDES põe dinheiro do povo em monopólio que ia sufocar o povo ? – perguntaria a urubóloga se fosse mais abusada, como este ansioso blog.
E, agora, o BNDES patrocinou a recompra do Pão de Açúcar (como se a Casino fosse formada por um conjunto de idiotas do Johnbim).
O resultado dessa recompra seria tal que, em São Paulo, um mercadinho desprezível, como se sabe, a fusão resultaria numa concentração de 69% das vendas em supermercados observou a urubóloga.
Esse BNDES do Coutinho ...
E se a recompra do Abiliô vingasse, com a possível ajuda do Tony Palocci ?
O CADE ia ter que desmembrar o resultado desse casamento.
Quer dizer, o que o Coutinho benze o CADE não casa.
O mais esquisito – pondera a urubóloga, com razão – é o papel da empresa que pertenceu a Coutinho, a LCA Consultores (consultores ?, êpa, êpa ! – clique aqui para ler o que o Santayana falou sobre o desalento da Presidenta e da frase famosa do bandido Lucio Flávio).
“A LCA participou ativamente da negociação da solução que foi aprovada ontem (pelo CADE),” diz a urubóloga.
Esse Coutinho é um prodígio.
Reúne num mesmo campo este ansioso blogueiro e a urubóloga.
Viva o Brasil !
(Quando crescer eu quero trabalhar na LCA.)
Paulo Henrique Amorim
(*) “Colona” não se refere a cólon. Mas a colonistas que tratam o Brasil da perspectiva do que imaginam que a Metrópole imaginaria o Brasil. No caso especifico de Gaspari, ele trata o Brasil da perspectiva do que imagina que os professores de Harvard pensariam do Brasil e dele…