Economia

Você está aqui: Página Inicial / Economia / 2011 / 09 / 14 / Dilma: temos os instrumentos para diminuir o impacto da crise

Dilma: temos os instrumentos para diminuir o impacto da crise

Saiu no Blog do Planalto: “Temos todos os instrumentos no Brasil para diminuir o impacto da crise sobre nós”.
publicado 14/09/2011
Comments

Saiu no Blog do Planalto:

“Temos todos os instrumentos no Brasil para diminuir o impacto da crise sobre nós”


É impossível que o Brasil tenha um tipo de crise similar a dos Estados Unidos e alguns países da Europa, informou nesta quarta-feira (14/9) a presidenta Dilma Rousseff, em entrevista coletiva em Brasília (DF). A presidenta atribuiu às reservas internacionais e compulsórias e a importantes medidas políticas de investimento a segurança que o país tem para resistir aos efeitos da crise e antecipou que o Brasil está preparado caso o mundo enfrente situação de escassez de crédito.


(Clique aqui para ler entrevista do Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini , na pág. 10 do Brasil Econômico: “Temos um mercado doméstico forte, que é importante fator de sustentação da atividade, e que vem se ampliando, dada a redução da pobreza, da desigualdade e o crescimento classe média.” Ou seja, vade retro Urubologia ! – PHA)


A presidenta reiterou a importância do fortalecimento do mercado interno tanto para a resistência à crise quanto para o crescimento do país, e assegurou que medidas de redução de impostos adotadas pelo governo como o programa Brasil Maior, dirigido à indústria, o Reintegra e o SuperSimples vêm nesse sentido.


“É impossível que o Brasil tenha um tipo de crise similar à que está acontecendo nos Estados Unidos e na zona do Euro. Até porque nós temos todos os instrumentos no Brasil para diminuir o impacto da crise sobre nós. Tanto os instrumentos, eu diria, financeiros (…), como os políticos”, afirmou.


A presidenta Dilma conversou por cerca de 25 minutos com a imprensa, após visitar a exposição promovida pelo Ministério da Educação “Gestão de Compras Governamentais – a Experiência da Educação”, no Hotel Royal Tulip, em Brasília. Confira abaixo alguns trechos da entrevista.


Compra governamental

“A compra governamental é um instrumento poderoso para a gente garantir duas coisas: o desenvolvimento da indústria e preços mais baixos (…). É muito importante o que estamos fazendo aqui. Nós estamos mostrando que é possível diminuir o preço.”


Crise financeira internacional

“O grande problema é político. É como é que se pretende resolver a crise fiscal decorrente do fato de que os governos foram obrigados a salvar os bancos quando ocorreu, em 2008, a quebra do Lehman Brothers, e houve uma contaminação, por causa da bolha, também, de todo o sistema financeiro internacional. Os governos transformaram as dívidas privadas dos bancos em endividamento público, porque usaram o orçamento público para permitir a reciclagem dessa dívida (…). Agora há uma objeção política, dentro dos Estados Unidos, por exemplo, para maior gasto fiscal, quando na verdade se sabe que os Estados Unidos precisam de uma iniciativa fiscal e não apenas monetária (…) Eu não acho que o problema é falta de dinheiro, o problema é falta de decisão política para investir.”


(Como diz o Delfim, o problema dos Estados Unidos é de liquidez e, não, de solvência – PHA)


Royalties do pré-sal

“É necessário acordo no Brasil sobre a questão dos royalties. Acho que nós temos dois limites: de um lado, temos que respeitar contratos existentes (…), aumentar isso não é uma questão que está em nossa mão. Agora, é possível repartir, tem que repartir sem criar consequências graves para ninguém (…). Nós temos uma forma que pode possibilitar que a repartição se dê sem que ninguém perca e as pessoas que não ganhavam ganhem. As pessoas, que eu falo, os governos, que não ganhavam ganhem.”


Saúde

“Tem de melhorar a gestão, tem de torná-la mais humana (…). Agora esse país é o país que é o maior desse continente, em termos de economia, em termos de população e em termos de potencial. Ora, esse país gasta 42% a menos, per capta, do que a Argentina gasta em saúde; esse país gasta 27% a menos, per capta, do que o Chile gasta com saúde; o setor público gasta duas vezes e meia menos que o setor privado na área de saúde. Isso significa uma coisa que nós todos temos que ter consciência: se você quiser um sistema universal de saúde, gratuito e de qualidade, nós vamos ter que colocar dinheiro na saúde e colocar gestão na área de saúde.”


(Ou seja, vai ter uma CPMF para os ricos, cedo ou tarde – PHA)


Aeroporto de Guarulhos

“É muito importante para o Brasil que as medidas sejam tomadas com muita serenidade. O que nós fizermos em relação à obra de Guarulhos, com urgência e emergência, é muito importante. O governo, antes de tomar uma medida … nós não tomamos sem avisar que vamos fazê-la. Nós avisamos tanto o Tribunal de Contas da União quanto o Ministério Público. Então, estamos tranquilos, porque fizemos de forma clara e transparente e alegando o que nós estamos alegando: não a Copa, nós não fizemos a urgência e emergência para atender 2014, nós fizemos a urgência e emergência para atender Guarulhos em dezembro.”


(Ou seja, a Juíza de Guarulhos e o brindeiro Procurador não impedirão a obra de Guarulhos - PHA)



Em tempo:

Enquanto isso, o Banco Central divulgou os dados do Índice de Atividade Econômica, IBC-Br, para o mês de julho:

Os dados são dessazonalizados e mostram que a economia faz um suave recuo, porém, houve um crescimento expressivo no mês de julho.

O que dá para ter um PIB de 4% ao ano, ou “quatro e alguma coisa”, como disse hoje a Presidenta.

A Urubologia fracassará, como sempre.


Paulo Henrique Amorim