Mantega critica o “faz nada” americano. Como era no tempo do FHC
Saiu no Financial Times:
Brazil blames Fed move on fiscal inaction
By Alan Beattie and Joe Leahy in Washington
Do-nothing US fiscal policy is stoking international tension over exchange rates by forcing the Federal Reserve to run super-loose monetary policy, according to Guido Mantega, Brazil’s finance minister.
Mr Mantega, a critic of the Fed’s quantitative easing (QE) monetary policy who popularised the term “currency war” last year, said the US central bank was trying to boost demand – a job that fiscal policy should be doing.
“If we had expansionist monetary policy combined with more stimulative fiscal policy in place, we wouldn’t face this problem with the US economy,” he said in an interview on the sidelines of the International Monetary Fund’s annual meetings in Washington.
Tradução livre: a política fiscal americana do “faz nada” provoca uma tensão internacional na área cambial, porque obriga o Banco Central americano a adotar uma política monetária super frouxa.
Mantega, na reunião do FMI do ano passado, popularizou a expressão “guerra cambial” para definir a política super frouxa do BC americano.
Trata-se do “quantitative easing”, que derrama dólar pelo mundo, para tentar baixar juros já perto de zero. Na verdade, o efeito é desvalorizar o dólar – a tal “guerra cambial” – para fomentar as exportações.
Clique aqui para ler “EUA derramam US$ 400 bi no mercado”.
O que Mantega propõe é que os EUA adotem uma política fiscal mais agressiva - ou seja, gastar mais dólares em investimentos públicos para não depender tanto da política do Banco Central.
Como se sabe, nos sombrios tempos do Governo Cerra/FHC, jornalistas como os do Financial Times só procuravam o Ministro da Fazenda do Brasil na reunião do FMI para saber quando o Brasil ia pagar o que devia.
Mudou, amigo navegante, mudou ...
Clique aqui para ler “Dilma quer participar da discussão sobre a crise”.
Clique aqui para ler “E o Brasil ? Gustavo Franco é comprador”.
Como se sabe, o Fernando Henrique, lembra o Delfim, vendeu o patrimônio e aumentou a dívida.
Um jenio !
Em tempo: este post faz parte da série “jogue o PiG (*) no lixo !”.
Em tempo 2: clique aqui para ler: G-20 reunido no FMI, em Washington, reafirma compromisso de evitar o fim do mundo da Urubóloga.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.