"Mercado" quer que o mundo se dane. "Primeiro, minha grana"
Extraído do Tijolaço:
A sinceridade do “mercado”
A entrevista de um operador de mercados, Alessio Rastani, na BBC, está causando furor no mundo. O cidadão teve uma crise de sinceridade e disse que sonha com uma recessão para ganhar mais dinheiro.
“Não ligamos muito para como vão consertar a economia. Nosso trabalho é ganhar dinheiro com isso”.
“Os governos não controlam o mundo. O (banco) Goldman Sachs controla o mundo. O Goldman Sachs não liga para esse resgate, nem os grandes fundos.”
“Estou confiante que esse plano (de recuperação da Grécia) não vai funcionar, independentemente de quanto dinheiro (os governos) puserem. O euro vai desabar”
“Em menos de 12 meses, ativos ( dinheiro, economias) de milhões de pessoas vão desaparecer”.
A entrevistadora da BBC agradeceu a sinceridade …
Rastani disse o que todo mundo sabe e ninguém tem coragem de dizer.
No imperdível documentário "Enron", sobre como o "mercado" (a Enron) operava o Governo Bush, há uma cena em que na operadores da mesa da Enron gritam "burn, baby, burn" , na torcida para que usinas continuassem a pegar fogo e o preço da energia subisse ("derivativos" de energia eram o negócio da Enron).
É o que faz o "mercado" hoje: queima, minha filha, queima.
No Brasil, o "mercado " também quer que pegue fogo qualquer Governo de inclinação trabalhista.
Como se sabe, no Brasil, o "mercado" fala pelo PiG (*).
Ou será o inverso ?
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.