Comércio vai bombar ! Que horror !

Saiu na newsletter do Bradesco singela homenagem às jenias do neolibelismo (*) tucano: a Urubóloga, Monica de Bolle e Elena Landau, o espírito-santo de orelha da Privataria:

Resultado do comércio varejista em novembro indicou recuperação do consumo das famílias no quarto trimestre

O volume de vendas do comércio varejista restrito (que não inclui as vendas de veículos e motos, partes e peças e de material de construção) registrou crescimento de 1,3% em novembro, comparativamente ao mês anterior, já descontados os efeitos sazonais, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada ontem pelo IBGE. Na comparação com o mesmo período de 2010, houve alta de 6,8%.

O indicador ampliado (que inclui todas as atividades), por sua vez, registrou alta de 1,5% frente a outubro (alta interanual de 3,2%), abaixo do esperado pelo Depec/Bradesco (2,0%), mas um pouco acima das expectativas do mercado (1,2%). Uma análise mais desagregada revela que houve recuperação em 9 das 10 atividades cobertas pela PMC ampliada, com destaque para o setor de jornais, livros, revistas e papelaria, com crescimento de 8,6% na margem, equipamentos de escritório, informática e comunicação (6,0%), veículos e motos, partes e peças (4,6%) e combustíveis e lubrificantes (1,6%).

Por outro lado, as vendas tecidos, vestuários e calçados apresentaram queda de 0,5% frente a outubro. Os resultados de novembro sugerem que o consumo das famílias se recuperou no quarto trimestre do ano passado, depois do ligeiro recuo observado na passagem do segundo para o terceiro trimestres (-0,1%). Essa recuperação, é importante destacar, não parece ter vindo de um único segmento, mas se apresenta de forma espraiada, ainda que em ritmos diferenciados entre as atividades abrangidas pela PMC.

Esses resultados reforçam a percepção de retomada do PIB no final de 2011, ainda que em ritmo moderado (preliminarmente, estamos com projeção de 0,4% ante o terceiro trimestre, quando houve estabilidade). Olhando para frente, avaliamos que as medidas de estímulo já adotadas (redução de juros, incentivos fiscais/tributários para alguns setores) e contratadas (salário mínimo maior, utilização do FGTS para compra de material de construção) deverão contribuir para as vendas do comércio nos próximos meses.