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Juros mais baixos em 17 anos. Urubologia aposta na inflação !

Saiu no Estadão: “Juros caem ao menor nivel desde 1995”.
publicado 10/05/2012
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Saiu no Estadão, pág. B6:

“Juros caem ao menor nível desde 1995”

Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac) mostra que houve redução das taxas em todas as modalidades, com exceção  do cartão de crédito.

Na página ao lado, no mesmo Estadão, pág. B7:

“BB corta juro para micro e pequenas empresas”

E “Diretor do BC (Altamir Lopes) prevê redução da inadimplência.”

(O que dirá o Itaú ?)

Navalha

No Bom Dia (?) Brasil, depois de algumas peças da editoria “o Brasil é uma m...”, que espalha reportagens por todos os jornais da Rede Globo, a Urubóloga foi obrigada a admitir que, em doze meses, a taxa de inflação está em queda.

Mas, mas (o PiG (*) é o jornalismo do “mas”, como observou a professora Marilena Chauí), mas o IPCA triplicou em abril para 0,64.

E, como diz a manchete do Globo, com o reforço indispensável da notável economista Renata Vasconcelos, a Urubóloga levanta dúvidas sobre a capacidade de o Banco Central continuar a reduzir os juros.

Inflação em alta, juros lá no alto – reza a cartilha da Febraban.

E, logo, reza a cartilha do PiG (*), porque os dois são corda e caçamba.

 



Em tempo: amigo navegante, não se assuste com a Urubologia. Veja o que diz a newsletter do Bradesco, que chama a atenção para fatores "pontuais" e acredita na queda da inflação em maio. Ao contrário da Urubóloga e da Renata, o Bradesco pode pagar caro por suas análises. Elas são inimputáveis:

- Alimentos e serviços levaram à aceleração do IPCA em abril, que refletiu também pressão de fatores pontuais. O IPCA registrou elevação de 0,64% em abril, ligeiramente acima do esperado por nós (+0,61%) e também da mediana das projeções do mercado (+ 0,59%), conforme divulgado ontem pelo IBGE. Na variação acumulada nos últimos 12 meses, o índice recuou da alta de 5,24% em março para 5,10%. O indicador mostrou forte aceleração em relação ao mês anterior (+0,21%), refletindo a maior pressão de preços de alimentos e serviços, a menor deflação de duráveis, mas também fatores pontuais como o reajuste de cigarros e de medicamentos (...)



Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.