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BC independente? Já era! Dilma poupa R$ 56 bi em juros

Saiu no Estadão: Para Delfim, a ideia de BC independente já acabou .
publicado 16/05/2012
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Saiu no Estadão outra gozada do Delfim nos neolibelês (*):

Para Delfim, a ideia de BC independente já acabou


A nova realidade econômica impõe um diálogo maior entre o Banco Central e o governo, não apenas no Brasil mas também no resto do mundo.


(…)


“... a independência total do Banco Central já não existe mais”, defendeu Antonio Delfim Netto, ex-ministro e professor emérito da Faculdade de Economia e Administração da USP. Em entrevista à Agência Estado, ele também considerou inócua a polêmica em torno do câmbio flutuante.


"Não existe câmbio flutuante em lugar nenhum do mundo. Só um idiota pode dizer que existe câmbio flutuante", disparou. Sem reservas, usou o mesmo estilo direto para desqualificar a discussão atual sobre a independência do Banco Central. "A política econômica tem de ser de uma integração entre a política monetária, a fiscal e a cambial. Essa ideia de que o BC é independente já acabou. É coisa ridícula, de pessoas que provavelmente desde a crise de 2008 não leram um artigo sobre a tragédia do Fed."


(…)


Segundo Delfim, é preciso esquecer a discussão sobre a perda de independência do BC e considera saudável uma interlocução entre a autoridade monetária e a presidente Dilma, e também com o Ministério da Fazenda. "Há uma enorme incompreensão sobre as relações do governo com o Banco Central. O BC hoje é tão independente quanto foi no passado. Simplesmente tem mais conversa, porque o mundo é muito mais complexo. Você acha que o Bernanke (Ben Bernanke, presidente do Fed) é independente do Obama (Barak Obama, presidente dos EUA)? Você acha que o Draghi (do BCE) não conversa com ninguém?", questionou.


Quanto à taxa básica de juros, a Selic, o economista prefere não fazer previsões, mas concorda que ainda há espaço para corte de um ponto porcentual: "O (presidente do BC, Alexandre) Tombini já provou que está muito mais antenado com a realidade brasileira e com a realidade internacional. Vai conversar com seus companheiros do Copom e ver onde podem ir."


O economista acredita que a forte desvalorização do real em relação ao dólar nas últimas semanas foi resultado da atuação do governo, que permitiu que a moeda brasileira ficasse supervalorizada por muito tempo, em parte devido aos juros altos. Na avaliação dele, no entanto, ainda é difícil definir uma taxa de câmbio ideal para o País.


Entretanto, ele não acredita em uma pressão inflacionária mais forte como consequência da mudança no câmbio. "A passagem do câmbio para os preços evidentemente existe. Mas a economia tem outros fatores. Seguramente, um aumento de câmbio de 10%, 15%, 20% se transfere como um aumento de preços talvez em 1%, 2%, ou 3%, mas ao longo de 12, 15 meses", calculou.


O ex-ministro disse mais pessimista com o crescimento do PIB este ano e revisou a previsão de crescimento para 3,2% ou 3,3%.


No Brasil Econômico, pág. 8, “Queda dos juros faz Governo poupar R$ 56 bilhões com dívida”.

“Folga no orçamento pode incrementar gastos como o Minha Casa e com novas creches.”


Que horror !


Paulo Henrique Amorim


(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.