Supremo sepulta neolibelismo (*) nos EUA
O Supremo americano aprovou por 5 a 4 o programa do SUS de Obama.
De agora em diante, todo americano tem direito a um plano de saúde e, se não quiser ter, pagará uma taxa.
Como demonstra Paul Krugman.
A decisão histórica beneficia diretamente 30 milhões de pobres americanos e todo trabalhador que corre o risco de perder emprego e, com ele, o plano de saúde da empresa.
É uma mudança que, segundo o New York Times, lembra outros presidentes Democratas, como Franklin Rossevelt e Lyndon Johnson, que criaram os mecanismos mais poderosos de proteção social.
Obama entrou para a História.
De todos os países desenvolvidos, os Estados Unidos eram o único que não tinham um SUS.
O que deve facilitar a re-eleição de Obama.
Ele se elegeu com essa promessa: dar um SUS a cada americano.
Segundo o próprio New York Times e o Huffington Post, o SUS do Obama é a mais profunda derrota das políticas neo-liberais - aqui, neolibelistas (*) - que prodominaram nos Estados Unidos desde Ronald Reagan (aqui copiadas pela dupla das sombras, o Farol e o Cerra).
O SUS do Obama mexe, pela primeira vez, na estrutura do Imposto de Renda e revê o regime de isentar os ricos, imposta por Bush, filho.
Em busca do Pirlo, no Itália e Alemanha, o ansioso blogueiro caiu na esparrelha de assistir a um trecho lamentável do jorgal da nlobo (revisor, não mexa nisso !).
O âncora William Traack (segundo a amiga navegante Severina) e notável analista de Nova York demonstraram de forma inequívoca que a vitória na Suprema Corte foi a maior derrota que Obama poderia ter sofrido: uma desgraça !
Mitt Cerra Romney vem aí, presidente da nlobo.
E o Brasil tem um SUS desde a Constituição de 1988 - modestamente.
Cabe lembrar que o Supremo brasileiro também tem derrotado de forma categórica os defensores do neolibelismo tupiniquim e doutrinas raciais extravagantes.
O STF aprovou as cotas raciais, com impecável relatoria do Ministro Lewandowski, e o ProUni.
O neolibelismo resiste!
No PiG (**) !
Em tempo: não terá sido por acaso que a ultra direitista Fox, a Globo americana, e o âncora Wolf Blitzer, o Traack da CNN, noticiaram que o Obama tinha perdido.
Paulo Henrique Amorim
(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.