Delfim: PIB de 4,5%. E juro baixo cura tudo
Saiu no Valor (o PiG (*) chic), onde o Brasil só melhora quando o Delfim escreve:
O juro contra o derrotismo
(...)
Procurar baixar a taxa de juros real no Brasil ao nível internacional é fundamental sob múltiplos aspectos, todos favoráveis à aceleração do desenvolvimento econômico:
1) o valor dos ativos (os imóveis) das famílias tende a crescer, aumentando a sua capacidade de endividamento e estimulando o seu consumo;
2) tende a aumentar o valor dos ativos financeiros, nas bolsas de valores (o que aumenta também o patrimônio das famílias e o consumo) e o valor das empresas. Quando esse ultrapassa o seu custo de reposição, tende a aumentar os investimentos (efeito Tobin), acelerando duplamente a demanda global. E vice-versa: se o valor cai abaixo dele não há investimento. A queda do valor dos bancos, por sua vez, reduz diretamente a capacidade de financiamento da economia, prejudicando o crescimento. O sistema de economia de mercado é insitamente instável, porque a resposta da oferta é defasada da demanda, e porque os agentes são também ciclotímicos. Estão sempre ou num estado de euforia, ou em pessimismo, sobre o qual o valor dos ativos nas bolsas parece, também, exercer papel importante;
3) melhora a qualidade e a quantidade dos empréstimos bancários e os estimula, porque aumenta os lucros das empresas e diminui o risco de inadimplência;
4) reduz o custo do financiamento da dívida pública e libera recursos para o aumento do investimento público; e
5) dá à taxa de câmbio o seu papel de preço relativo, que equilibra o fluxo de valor das exportações ao das importações, mantendo uma taxa de câmbio real saudável, que estimula o crescimento. O contrário ocorre quando há absoluta liberdade de movimento de capitais e a taxa de juro real interna é permanentemente superior à externa, situação na qual a taxa de câmbio transforma-se num ativo financeiro sujeito a toda sorte de especulação.
(…)
Tem razão, portanto, o Banco Central quando coloca alta prioridade na redução da taxa de juro real, aproveitando a "janela" que se abriu diante das fantásticas dificuldades que atacam o sistema financeiro internacional e, por consequência, o produtivo. Vamos crescer pouco em 2012 Talvez nada muito diferente do que 2%, mas os efeitos das medidas já tomadas sugerem que deveremos estar rodando a 4%-4,5% no fim de 2012 com relação ao fim de 2011.
(...)
Para traduzir o Delfim:
Juro baixo aumenta a dívida e o consumo.
Estimula o investimento em ações.
Aumenta a qualidade e a quantidade dos empréstimos dos bancos.
Reduz o custo da dívida do Governo.
Permite que o Governo invista mais.
Desvaloriza o Real.
Ou seja, juro baixo só não cura dor de cotovelo.
Ainda mais que a economia vai fechar o ano rodando a 4,5%.
Jogue o PiG (*) no lixo !
A Urubóloga hoje esteve impossível no Bom (?) Dia Brasil.
A editoria do “Brasil é uma m...”, aquela que propulsiona o “jn no ar” celebra o pibinho.
Ri melhor quem ri no último (trimestre).
Essa Dilma ...
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.