Urubóloga insiste: quer mais juros !!!
Como se sabe, a Urubóloga preside a “troika”: o FMI, a Comissão Europeia, e o Banco Central Europeu.
Ela ainda não é Ministra da Economia da Argentina, mas não perde as esperanças.
E, aqui, ela preside o neolibelismo (*), de que é o máximo expoente brasileiro.
Nessa condição, ela foi co-Ministra da Fazenda no Governo Fernando Henrique – tinha um gabinete/estúdio ao lado do gabinete do Ministro Pedro Malan – e Emérita Diretora-Permanente do Banco Central.
No Valor, o PiG (**) cheiroso, o delírio é diferente.
A Urubóloga, no Bom (?) Dia Brasil, sob a implacável batuta do Gilberto Freire com“ ï” (***), ela previu, nesta quinta-feira, que a cautela do Tombini – leia aqui “quá, quá, quá” - se manifestará de forma sistemática e previsível à base 0,25% a cada vez, até chegar aos 40% da gloriosa jestão do Armínio Fraga, outro jenio do neolibelismo (*) pátrio.
No Valor, a delírio funciona de forma mais explicita, imediata – na veia.
“BC inicia (sic) ciclo de aperto monetário com 'cautela' ”.
É a manchete/editorial/opinião deslavada da primeira página.
Jenial !
Inicia !
O Valor, portanto, sabe, que daqui pra a frente, em desabalada e frenética carreira, o BC vai aumentar os juros até os 40% do Fraga !
Inicia !
E se a inflação cair ?
E se o tomate cair e o pepino subir ?
Como é que a Ana Maria Braga vai fazer ?
E o Valor ?
Inicia !
Ah !, que saudades do tempo em que o PiG (expressão fiel dos interesses os bancos) elevava a taxa de juros, de véspera.
E os economistas dos bancos se reuniam no Banco Central do Dr Meireles para saber qual a próxima taxa …
É, amigo navegante, quem mandou a Dilma mexer com os juros, já advertia o sábio Groucho Marx.
Reduzir a taxa de juros real ao ponto mais baixo da História !
Quem mandou nomear uma diretoria do Banco Central sem um único banqueiro ?
Quem mandou ?
Vai pagar caro !
Até o Eduardo Campriles, autor de célebre “carta aos brasileiros” e que se encantou com a direita, acha natural que os juros subam.
A Big House tem argumentos que nem vã a filosofia é capaz de imaginar.
Paulo Henrique Amorim
(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(***) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro “Não somos racistas”, onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com “ï”. Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com “i”.