Esteves: demanda é o que o Brasil tem de melhor
André Esteves, do banco BTG Pactual e do PanAmericano, foi um dos convidados dos "Diálogos Capitais", promovido pela Carta Capital.
(Clique aqui para ler sobre Rodrik e “o Brasil está no caminho certo” e Delfim, “estou ainda mais confiante”)
O jovem banqueiro ensinou o "caminho das pedras" aos empreendedores e deu uma aula aos críticos neolibelês (*).
"Demanda de infraestrutura vem junto com a confusão" do crescimento.
Ele diz que não aguenta mais ouvir falar em crise na infraestrutura.
(Não deixe de ler “O Fantástico mente sobre a Norte Sul"; e “o Globo não verte um pingo de verdade ao falar da transposição do São Francisco” - GP)
Esteves fez uma analogia com o Brasil de 10, 20 anos atrás e o Brasil de hoje.
O Brasil que inseriu 40 milhões de pessoas na classe média.
O Brasil que colocou mais crianças na escola.
O Brasil que aumentou o crédito.
Em que as pessoas passaram a andar de avião, compram carro, usam as estradas, vão à escola e compram geladeira.
Quase um "sonho americano", comparou ele, ao se referir ao crescimento dos Estados Unidos no pós II Guerra.
As bases sólidas da economia brasileira também ajudaram nesse processo.
E o BNDES, diz Esteves, é uma das grandes forças dessa economia.
Uma instituição enxuta, idônea e qualificada.
Talvez por isso André Esteves diga que considera um elogio comparar o BTG Pactual ao BNDES.
(O PIG (**) acusa o BNDES de emprestar a grupos "escolhidos a dedo", de “escolher o vencedor” - GP)
No final, uma das perguntas da plateia poderia provocar, quem sabe ?, uma resposta pessimista.
Não deu certo.
Sobre o que o Brasil deveria fazer para estimular o empreendedorismo, Esteves foi taxativo: O Brasil tem o que o empreendedor mais precisa: demanda.
Ou você acha que a demanda está na Islândia?, completou.
O que falta fazer ?
Educação, disse ele.
A educação melhorou muito.
Agora falta melhorar a escola.
Geórgia Pinheiro
(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.