Precisou um carlista peitar o lock-out
Saiu no Globo, pág. 3:
Segundo Cesar Borges, Ministro dos Transportes, Nelio Botelho, presidente do Movimento União Brasil Caminhoneiro – que virou a estrela dos telejornais (sic) da Rede Globo – defende os interesses financeiros da empresa dele próprio.
E, não, dos motoristas de caminhões.
(Poderia ter dito que defende os interesses, também, dos telejornais (sic) da Globo. Clique aqui para ler “Contra o lock-out, só uma força nacional de segurança, que o zé desidratou”.)
“Botelho é um frotista”, disse Borges.
“Tem frota de caminhão. Tem contratos elevados com empresas (inclusive com a Petrobras – PHA), e o que ele propõe é o desabastecimento do país, seja de combustível, seja de alimentos, levando o caos à economia e à sociedade (do jeito que os telejornais (sic) da Globo estimulam. A Globo, como se sabe, cobre o DESgoverno, para derrubá-lo – PHA).”
Para Borges, reivindicar subsídio do diesel e suspender os pedágios é pretensão “descabida”.
E mandou o zé Cardozo botar a Polícia Federal trabalhar.
Borges tinha informação.
Ele soube que muitos caminhoneiros não queriam o protesto, mas Botelho insuflou – o que os telejornais (sic) da Globo cobriram com entusiasmo.
Cesar Borges é do grupo “carlista” da Bahia, descendente de Antonio Carlos Magalhães.
Nessa condição, foi governador do Estado e senador.
Precisou um carlista no Governo trabalhista para fazer o que o Cardozo deveria ter feito há mais tempo: ir para cima dos caminhoneiros.
Evitar que o Allende fosse derrubado pela CIA.
Insuflado por Borges, Cardozo saiu atrás, e se postou como papagaio de pirata dele, diante das câmeras globais.
Ele é desses petistas que não resistem a uma câmera global, a uma página marrom da Veja.
O Ministro da Justiça deveria ser o Ministro da Ordem, como que a Presidenta quer.
O Ministro da Segurança, que teria vindo a São Paulo confortar a família boliviana do menino Brayan.
Até porque cabe ao Ministro da Justiça zelar pela integração dos imigrantes à sociedade brasileira.
O Ministro da Justiça é para ser o articulador político do Governo.
A Dilma não tem nenhum dos três.
É melhor ressuscitar o Antonio Carlos Magalhães, o Petronio Portella …
Paulo Henrique Amorim