Espionagem: tomara que o Brasil faça o mesmo
Paulo Bernardo atingiu o ponto mais alto de sua talentosa carreira de “petista dos bons”.
Depois de se sentar nas páginas marrons do detrito sólido de maré baixa – clique aqui para ler “Bernardo – Dilma deixa o núcleo do PT” -, ele agora é o herói do Fantástico.
(Deve ser um dos motivos por que o Domingo Espetacular, ontem, ficou tanto tempo na liderança...)
É o herói da hipócrita indignação brasileira com a notícia de que os Estados Unidos grampeiam o Brasil.
O ministro do plim-plim e do trim-trim considera o grampo americano “inconstitucional”.
Um jênio !
A Globo é a dono do assunto: a defensora da privacidade dos brasileiros.
Especialmente dos brasileiros que somem com processos na Receita Federal.
O ansioso blogueiro considera do interesse nacional brasileiro ter um sistema equivalente.
Para grampear a embaixada americana, por exemplo.
Porque, como diz o corajoso presidente Correa, do Equador, nos Estados Unidos não tem Golpe, porque não tem Embaixada americana.
É provável que isso não exista: o nosso serviço de inteligência, a antiga ABIN, é de monumental ineficiência.
É o que demonstração a impotência do Governo Federal diante da "surpresa" das manifestações.
Um serviço de inteligência medianamente competente não teria permitido que isso acontecesse.
Contar com a Polícia Federal do zé, menos ainda.
Como se sabe, a Presidenta caiu na cama de gato: não controla a ABIN a PF nem o Ministério da Justiça.
O Estado tem que ter informação.
Como usá-la é outro problema.
Aí entram a Constituição e a Lei.
Espera-se que o Governo Dilma faça com a Embaixada americana em Brasília o que a Embaixada americana em Brasília faz com o Governo dela: sabe tudo.
E deixa o Bernardão fazer o papel – patético - de indignado.
O Ministro da Comunicação que fala grosso com os Estados Unidos e fino com a Globo.
Clique aqui para ler "A História do Feiscismo brasileiro".
Paulo Henrique Amorim