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Libra: Dilma não é privateira nem estatista

E as duas construíram uma engenharia financeira tão inteligente quanto é sofisticada a engenharia política.
publicado 21/10/2013
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A composição do consórcio vencedor de Libra é uma obra-prima política.

Os Urubólogos neolibeles (*) anunciavam que o leilão seria um fracasso, porque as maiores não se submeteriam ao estatismo insaciável de Dilma, a terrorista (eles não usam a palavra “terrorista”, mas está implícita nesse tipo de argumento).

Outros diziam que ela ia Privatar, como o Príncipe da Privataria.

E afundar a Petrobras na P-55 da Petrobrax.

Como estatista furiosa, se a Shell e a Total, grandes players internacionais se submetem a essa “terrorista” ?

A Shell não é boba.

Há muito tempo ela está no Brasil e há pouco tempo ela se associou à Raizen em projetos de Energia e Logística.

Ela conhece a fera.

E o tamanho do Brasil.

(Quem não conhece é a Urubologia trancafiada no eixo Jardim Botânico, Instituto Millenium (o IPES com botox) e a Casa das Garças, subproduto do Consenso de Washington, financiado com dinheiro dos bancos americanos.)

A Dilma também não é privateira, porque a União – o povo brasileiro -  fica com 41,65% do petróleo extraído em Libra e, desses, a Petrobras ficará com 40% (a Shell com 20%, a Total com 20% e as chinesas com 20%).

Como diz o amigo navegante, os Urubólogos achavam que a Dilma e a Graça iam esperar a chuva cair na horta.

Iam ficar a ler o PiG (**)...

E as duas construiram uma engenharia financeira tão inteligente quanto é sofisticada a engenharia política.

E Libra é só o começo.

Lula deve estar dando gargalhadas !

E o Dr Getúlio ?

E Jango ?

E Brizola ?

É uma festa – de lenço vermelho !

Em tempo
– dizem que a Chevron deu bye-bye ao Cerra. Não quer mais ouvir falar das promessas dele.

Paulo Henrique Amorim



(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.


(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.